Friday, September 28, 2007

Time, Grillo, Ahmadinejad, Bono, Melinda-Bill Gates, You, Einstein, Hitler, Indymedia, G8, inteligência, populismo, informação, justiça e política.

Beppe Grillo, muito elogiado de Time por ocasião da eleição da pessoa do ano, tornou-se a personagem mais discutida em Itália na opinião pública de Setembro com uma provocação: “v-day”. No dia 2007-09-25 na busca google, existiam 2.120.000 páginas para “Beppe Grillo”, 1.470.000 para “Beppe Grillo, v-day”, ( 608 Português paginas de Beppe Grillo, v-day: CMI Brasil - V-Day-Itália:Dia do "Vai se fuder!" 8 de Setembro,... Sopranois: COMEDIANTE ASSUSTA POLÍTICOS NA ITÁLIA ).
Ahmadinejad, (presidente do Irão que quer a bomba atómica para fazer desaparecer Israel do mapa), também foi muito mensionado em Itália pela relevância que lhe foi dada por “Time”.
Time é uma das publicações com mais influência política no mundo. A escolha da “pessoa do ano” tem sido um acontecimento de grande polemica internacional desde a sua criação em 1927 e um termómetro de inteligência, popularidade e populismo. Mas predomina a inteligência, popularidade ou populismo?
Eu considero inteligente a informação que contribui para um mundo melhor. A escolha mais inteligente parece-me a de Bono, Melinda-Bill Gates e “You”.
Mas pergunto a mi mesmo se é conveniente, ético e justo dar mais relevo a pessoas célebres por serem negativas do que outras mais positivas e inteligentes mas menos populares. Recordo que Einstein se opôs a Hitler com o seu manifesto contra a guerra mas só conseguiu duas assinaturas. Ao contrário de Hitler que teve uma adesão quase unânime no seu tempo com o seu manifesto pela guerra.
Hitler foi pessoa do ano em 1938 e Stalin em 1939 e 1942.
Einstein só em 1999 foi eleito pessoa do século. Quais seriam as consequências e influência no mundo se Time tivesse eleito Einstein em vez de Hitler já antes de 1938?
Nunca tinha sentido falar tanto de Time em Itália como ao fazer elogios ao blog de Beppe Grillo. E eu penso que Grillo é o fenómeno mais popular dos últimos tempos em Itália a condicionar de forma mais populista que inteligente a informação, política e justiça.
Eu estou convencido que no meu blog em italiano com 20 leitores diários e sem nenhum comentário tenho ideias mais inteligentes do que Grillo com seus 200.000 leitores e mais de 1.000 comentários, (Para saber mais em italiano: Cerca in http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/ Grillo, intelligenza, populismo).
Por exemplo Grillo fez uma enorme campanha para abolir €2 a €5 em cada carga de telemóvel. Eram 60.000.000 os clientes de 4 companhias de telemóveis. Venceu a sua batalha, imagino que roubou milhões ou biliões de horas de tempo, disturbou os mais altos políticos italianos e incluso Barroso e ganhou. Pareceu uma vitória popular de 60.000.000 contra 4. Na verdade as 4 companhias telefónicas aumentaram os preços das chamadas e passaram a ganhar mais. Uma companhia anunciou publicamente um ganho de 5% a 6%. Na prática Grillo roubou milhões ou biliões de horas, especialmente dos empregados da função pública onde não existe controle de eficiência, meritocracia e são mais de esquerda, para dar aos 60.000.000 a ilusão de uma vitória. Roubou tempo às empresas, perdido na reconversão do sistema, pago pelos consumidores. Os consumidores não só acabam por pagar mais mas ser mais mal servidos: se o tempo empregue na conversão do sistema e na campanha fosse empregue num melhoramento das tecnologias acabavam por beneficiar.
Imagino que existem milhões de objectivos prioritários para Barroso, políticos de Europa e de Itália do que aquele custo que aliás me parece lógico: cada carga ocupa tempo de um negócio que naturalmente seria mais justo ser pago por quem o usa do que por todos os que telefonam e usam sistemas de carga mais económicos ou gratuitos por Internet.
Grillo foi ao Parlamento Europeu dizer que em Itália, pior perigo da mafia eram os políticos condenados. No Parlamento italiano há maior percentual de condenados do que no pior bairro mafioso de Itália. Um condenado não pode ser polícia ou funcionário público mas pode ser parlamentar. Quando senti isto pensei que se era verdade era um escândalo. Depois fui ver que era verdade. Mas Grillo não diz outras verdades: a justiça gastou 5 milhões de euros para uma empresa privada encontrar ilegalidades no passado de Berlusconi. Imagino que gastou mais de 50 milhões em serviços da justiça só para condenar Berlusconi. Entretanto 70% dos processos aos maiores mafiosos de Nápoles vão em prescrição. De certas informações na Internet parece que um boss mafioso para o qual foram empregues 500 polícias internacionais para a sua prisão foi posto em liberdade no dia seguinte à sua prisão. Imagino que se Grillo falasse publicamente deste boss da mafia como fala dos políticos condenados não poderia fazer os seus espectáculos públicos. Muitos jornalistas foram assassinados por escrever contra a mafia e os assassino continuam em liberdade. O assassino do jornalista Walter Tobagi, (que escrevia contra mafia, terrorismo e criminalidade), foi preso e posto em liberdade em menos de 3 anos. Muitos boss da mafia dos quais se sabia pelos jornais onde comandavam, continuavam em liberdade, ou entravam por pouco tempo nas prisões de onde continuavam a ordenar assassinos.
Imagino que a justiça italiana, influenciada pelo populismo da opinião pública, gastou mais para condenar Andreotti e Berlusconi do que para condenar dezenas de boss da mafia. Andreotti foi inicialmente condenado a mais anos de prisão por suspeitas mal confirmadas de relações com mafiosos do que assassinos de dezenas de pessoas. Andreotti foi depois absolvido com o reconhecimento de culpas de relação com mafiosos de uns 30 anos antes. Imagino que 30 anos antes em certas regiões de Itália poucos políticos podiam fazer política sem relações directas ou indirectas com mafiosos.
A justiça, condicionada pelo populismo, persegue mais os políticos do que boss da mafia.
A maioria dos condenados são do partido de Berlusconi mas eu não sei se são piores ou se a justiça é mais de esquerda e persegue mais os políticos do seu governo. A verdade é que Berlusconi criticou fortemente os juizes. Corre voz de que os juizes são sobretudo de esquerda e eu penso que todas as profissões onde existe menos meritocracia, (como a justiça italiana), são mais de esquerda.
O populismo condiciona a política e eu penso que nem sempre da forma mais inteligente. As opiniões sobre guerras e pacifismo sofrem modas de popularidade que talvez não correspondam aos interesses nacionais e globais. Eu duvido de todos os pacifismo parciais.
AZNAR apoiava a guerra de Bush contra 91% da opinião publica do seu país. Concordo com Berlusconi quando disse: um político nem sempre deve seguir a vontade mais popular: por vezes há decisões impopulares num momento que se revelam úteis a longo prazo. Será este o caso? Se for será um herói? Se não será um falido? Ou nunca se saberá?
Indymedia teve o máximo de visitas, (cerca de 2,5 milhões diários segundo dizem), quando morre o seu herói preferido: um violento, estúpido marginal, delinquente a combater globalização e melhores democracias no G8 de Génova. Penso que é menos popular mas mais inteligente esta opinião: "A globalização melhora o bem-estar dos povos, incluindo dos subdesenvolvidos. Mesmo quando a eficiência das multinacionais faz concorrência aos menos eficientes e cria perdedores, as vantagens superam as desvantagens" - diz Claudio Dematè, professor de economia empresarial e estratégia internacional da Universidade Bocconi de Milão, Presidente de E-Capital Parteners, (financiamento ético), ex-presidente da "Ferrovia", (CP de ITÁLIA), e RAI, (RTP de ITÁLIA), (em "CORRIERE LABORO", 2003-07-18, P.9).
"Bush è incapace di dirigere un negozio di ferramenta" - dice titolo
"... l'attuale ppresidente Bush "inadatto a ..., figuramoci una nazione" - Philip Roth, para publicizar o seu novo romance.
Imagino que a primeira opinião é inteligente e a segunda populista. Parece-me evidente que a melhor democracia do mundo não elegeria pela segunda vez com o máximo de votos um político com pouca inteligência. Imagino que são sobretudo os menos inteligentes que acreditam mais nas opiniões populistas do que nas mais inteligentes.
Na Europa actual, (2007), e em particular em Itália, noto um grande movimento de opinião pública anti-USA, mascarado de anti-Bush. Sabedoria popular ou ridícula estupidez para a História?
Não recordo tanto anti-americanismo nem nenhum presidente americano mais criticado pelos menos dos mass media.
Eu penso que nos meios de informação e opinião pública existem modas que nem sempre são racionais ou correspondem ao melhor. Ser contra presidentes eleitos mesmo democraticamente quase sempre é popular mas muitas vezes essa popularidade é fora do comum. Parece-me que sucede isso agora de um modo especial contra Bush, pelo menos visto de Itália: autores de livros e filmes são muito populares sobretudo se chamam a Bush de estúpido, idiota, incapaz de gerir um negócio de ferramentas, ...
Tenho a informação de 50 livros publicados só num ano contra Bush e nem um a favor. Entre os vários realizadores americanos anti-Bush de que tenho notícia salienta-se Moore que talvez fique na História do cinema como a arte de deformar a informação e demonstrar cientificamente a mentira para torná-la popular para os seus crentes.
A maioria acredita no que quer acreditar e é mais fácil acreditar na mentira evidente do que na lógica impopular. A arte, cinema, espectáculos e informação dão muitas vezes ao público o que ele quer. Até a política mais democrática corre o risco de se tornar a arte de enganar e da fantasia mais populista em vez da realidade mais inteligente.
Uns 8.000 manifestaram-se pacificamente com as bandeiras de Che Guevara pelas ruas de Génova no 2 aniversário da morte do violento, estúpido, marginal e delinquente que morreu quando atirava com o extintor ao policia ferido. Nenhum político foi notícia. Ao contrário do ano anterior com protestos ao ridículo Presidente dos Deputados da Esquerda Luciano Violante. Para mi é ridículo que um político de primeiro nível nacional preste homenagem a um marginal delinquente morto a combater os representantes das melhores democracias. Foi recentemente confirmado na Presidência com 85 votos contra 17. Para certa esquerda o G8 continua a ser recordado como uma vitória popular. Para mi foi a vergonha de certa esquerda e do seu populismo mais estúpido e ignorante. Certa esquerda quis utilizar o G8 para causar problemas a Berlusconi recentemente eleito e fez mal aos mais honestos contribuintes que pagaram dezenas de milhões de danos das barbaridades com objectivos contraproducentes.
Uma Itália que deve em grande parte aos EUA por não ser como os vizinhos albaneses continua a fazer de Che Guevara um herói e a não perder uma oportunidade de se manifestar contra USA.
Antes de 2005 e do que eu publiquei no meu blog em italiano, (Cerca in http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/ antiamericanismo, torture, morte), raramente se falava da pena de morte sem vir em primeiro lugar a referencia aos USA. Certos números falam de 5.000 condenados por ano na China,(confirmados mas alguns suspeitam de 10.000 ou 15.000) contra umas dezenas nos EUA, (53 em 2006). Mas para a maioria dos italianos, sobretudo dos jovens estudantes, continua a associar a pena de morte aos USA. Uma sondagem de opinião que eu fiz em 2004 a Milão na maioria pensavam que os USA eram os principais responsáveis da pena de morte e torturas no mundo. Mas um professor disse-me que fez a mesma sondagem e os alunos responderam a 100% que os USA eram os piores em torturas e pena de morte.

Zapweb=zaping no web ou Internet para aprofundamento de Time, Pessoa do Ano, Grillo
Barroso e a política europeia, mundial ou dos cómicos e das mafias italianas?
“A Pessoa do Ano (Person of the Year) é uma edição anual da revista Time que destaca o perfil de um homem, mulher, casal, grupo, idéia, lugar ou máquina que "para o bem ou para o mal, mais influenciou eventos no ano"... A Pessoa do Ano de 2001 da Time — ainda sob os efeitos dos ataques de 11 de Setembro de 2001 — foi o prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Foi um resultado polêmico; muitos pensaram que ele mereceu, mas muitos outros[carece de fontes?] pensaram que as regras de seleção ("o indivíduo ou grupo que teve o maior efeito nas notícias do ano") tornariam Osama bin Laden a escolha óbvia. É interessante lembrar que, naquela edição, a revista incluiu uma reportagem sobre a escolha do Aiatolá Khomeini como Homem do Ano em 1979 e a rejeição de Hitler como Pessoa do Século em 1999... Em 2006, foi realizada uma enquete online para saber a opinião pública sobre quem deveria ganhar o título. Hugo Chávez, presidente da Venezuela, ficou com 35%, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad ficou com 21%, Nancy Pelosi com 12%, os criadores do YouTube com 11%, George W. Bush com 8%, Al Gore com 8%, Condoleezza Rice com 5% e Kim Jong-il com 2%.[2].
O artigo parecia querer dizer que Bin Laden era um candidato mais forte que Giuliani para Pessoa do Ano e Hitler era um candidato mais forte que Albert Einstein para Pessoa do Século, mas não foram escolhidos devido à sua influência "negativa" na história.
De acordo com reportagens em jornais de respeito, os editores da Time tiveram problemas com a escolha, temendo que a escolha do líder da al-Qaeda ofendesse leitores e anunciantes. Bin Laden já tinha aparecido nas capas de 1 de outubro, 12 de novembro e 26 de novembro. Muitos leitores expressaram descontentamente em ver seu rosto na capa novamente. No final, a escolha de Giuliani levou alguns a criticar a Time por ter falhado em seus próprios padrões[carece de fontes?].” (>>>Pessoa do Ano - Wikipédia ).
“"You", "Você" é escolhido como a pessoa do ano pela revista americana "Time", em uma homenagem aos milhões de anônimos por sua influência na era global da informação como usuários da internet.
A "Time", que em 2005 elegeu como pessoas do ano o músico Bono, o fundador da Microsoft, Bill Gates, e sua esposa, Melinda, destaca o enorme crescimento e a influência dos conteúdos on-line gerados pelos usuários em blogs ou sites como YouTube, MySpace e Wikipédia...Os anônimos vencedores deste ano derrotaram candidatos como os presidentes do Irã, Mahmoud Ahmadinejad; da China, Hu Jintao, e da Coréia do Norte, Kim Jong-il.”

Neo-Estado, Neo-politica, Neo-justiça e Neo-ONU : No sistema judicial continuam a aplicar leis de 1800 destinadas aos piratas daquele tempo com métodos de 1700, parece que só conhecem a escrita e desconhecem o telefone, e-mail ou Internet. Os novos piratas de Internet que causam danos astronómicos são presos um dia e postos em liberdade no dia seguinte com a desculpa de que não existe legislação para aquele tipo de crime. ...
Justiça tradicional: velha, estúpida, impotente... Ideias para uma revolução judicial
Spam e Neo-ONU: como a ONU podia ganhar para funcionar melhor, contribuir para um mundo melhor e alimentar os mortos de fome
Tempo é vida, sangue, dinheiro, inteligência, criatividade, sexo e neo-capital do futuro global JIIMM: JORNAL INTERNET DE IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR
Mais em italiano:Cerca le parole “Grillo, intelligenza, populismo, e Time in questo blog.

Tuesday, September 25, 2007

Grillo, Ahmadinejad, Time, Bono, Melinda-Bill Gates, You, Hitler, Indymedia, inteligência, populismo, antiamericanismo e pena de morte vistos de Itália

Beppe Grillo, muito elogiado de Time por ocasião da eleição da pessoa do ano, tornou-se o personagem mais discutido na opinião pública de Setembro com uma provocação: v-day. No dia 2007-09-25 na busca google, existiam 2.120.000 páginas para “Beppe Grillo”, 1.470.000 para “Beppe Grillo, v-day”, ( 608 Português paginas de Beppe Grillo, v-day: CMI Brasil - V-Day-Itália:Dia do "Vai se fuder!" 8 de Setembro,... Sopranois: COMEDIANTE ASSUSTA POLÍTICOS NA ITÁLIA ).
Ahmadinejad, presidente do Irão que quer a bomba atómica para fazer desaparecer Israel do mapa, também foi muito mensionado em Itália pela relevância que lhe foi dada por “Time”.
Time é uma das publicações com mais influência política no mundo. A escolha da “pessoa do ano” tem sido um acontecimento de grande polemica internacional desde a sua criação em 1927 e um termómetro de inteligência, popularidade e populismo. Mas predomina a inteligência, popularidade ou populismo?
Eu considero inteligente a informação que contribui para um mundo melhor. A escolha mais inteligente parece-me a de Bono, Melinda-Bill Gates e “You”.
Mas pergunto a mi mesmo se é conveniente, ético e justo dar mais relevo a pessoas célebres por serem negativas do que outras mais positivas e inteligentes mas menos populares. Recordo que Einstein se opôs a Hitler com o seu manifesto contra a guerra mas só conseguiu duas assinaturas. Ao contrário de Hitler que teve uma adesão quase unânime no seu tempo com o seu manifesto pela guerra.
Hitler foi pessoa do ano em 1938 e Stalin em 1939 e 1942.
Einstein só em 1999 foi eleito pessoa do século. Quais seriam as consequências e influência no mundo se Time tivesse eleito Einstein em vez de Hitler já antes de 1938?
Nunca tinha sentido falar tanto de Time em Itália como ao fazer elogios ao blog de Beppe Grillo. E eu penso que Grillo é o fenómeno mais popular dos últimos tempos em Itália a condicionar de forma mais populista que inteligente a informação, política e justiça.
Eu estou convencido que no meu blog em italiano com 20 leitores diários e sem nenhum comentário tenho ideias mais inteligentes do que Grillo com seus 200.000 leitores e mais de 1.000 comentários, (Cerca in http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/ Grillo, intelligenza, populismo).
Por exemplo Grillo fez uma enorme campanha para abolir €2 a €5 em cada carga de telemóvel. Eram 60.000.000 de clientes de 4 companhias de telemóveis. Venceu a sua batalha, imagino que roubou milhões ou biliões de horas de tempo, disturbou os mais altos políticos italianos e incluso Barroso e ganhou. Pareceu uma vitória popular de 60.000.000 contra 4. Na verdade as 4 companhias telefónicas aumentaram os preços das chamadas e passaram a ganhar mais para pagar o tempo perdido na reconversão do sistema. Uma companhia anunciou publicamente um ganho de 5% a 6%. Na prática Grillo roubou milhões ou biliões de horas, especialmente dos empregados da função pública onde não existe controle de eficiência, meritocracia e são mais de esquerda, para dar aos 60.000.000 a ilusão de uma vitória.
Imagino que existem milhões de objectivos prioritários para Barroso, políticos de Europa e de Itália do que aquele custo que aliás me parece lógico: cada carga ocupa tempo de um negócio que naturalmente seria mais justo ser pago por quem o usa do que por todos os que telefonam e usam sistemas de carga mais económicos ou gratuitos por Internet.
Grillo foi ao Parlamento Europeu dizer que em Itália, pior perigo da mafia eram os políticos condenados. No Parlamento italiano há maior percentual de condenados do que no pior bairro mafioso de Itália. Um condenado não pode ser polícia ou funcionário público mas pode ser parlamentar. Quando senti isto pensei que se era verdade era um escândalo. Depois fui ver que era verdade. Mas Grillo não diz outras verdades: a justiça gastou 5 milhões de euros para uma empresa privada encontrar ilegalidades no passado de Berlusconi. Imagino que gastou mais de 50 milhões em serviços da justiça só para condenar Berlusconi. Entretanto 70% dos processos aos maiores mafiosos de Nápoles vão em prescrição. De certas informações na Internet parece que um boss mafioso para o qual foram empregues 500 polícias internacionais para a sua prisão foi posto em liberdade no dia seguinte à sua prisão. Imagino que se Grillo falasse publicamente deste boss da mafia como fala dos políticos condenados não poderia fazer os seus espectáculos públicos. Muitos jornalistas foram assassinados por escrever contra a mafia e os assassino continuam em liberdade. O assassino do jornalista Walter Tobagi, (que escrevia contra mafia, terrorismo e criminalidade), foi preso e posto em liberdade em menos de 3 anos.
Imagino que a justiça italiana, influenciada pelo populismo da opinião pública, gastou mais para condenar Andreotti e Berlusconi do que para condenar dezenas de boss da mafia. Andreotti foi inicialmente condenado a mais anos de prisão por suspeitas mal confirmadas de relações com mafiosos do que assassinos de dezenas de pessoas.
A justiça, condicionada pelo populismo, persegue mais os políticos do que boss da mafia.
A maioria dos condenados são do partido de Berlusconi mas eu não sei se são piores ou se a justiça é mais de esquerda e persegue mais os políticos do seu governo. A verdade é que Berlusconi criticou fortemente os juizes. Corre voz de que os juizes são sobretudo de esquerda e eu penso que todas as profissões onde existe menos meritocracia, (como a justiça italiana), são mais de esquerda.
O populismo condiciona a política e eu penso que nem sempre da forma mais inteligente. As opiniões sobre guerras e pacifismo sofrem modas de popularidade que talvez não correspondam aos interesses nacionais e globais. Eu duvido de todos os pacifismo parciais.
AZNAR apoiava a guerra de Bush contra 91% da opinião publica do seu país. Concordo com Berlusconi quando disse: um político nem sempre deve seguir a vontade mais popular: por vezes há decisões impopulares num momento que se revelam úteis a longo prazo. Será este o caso? Se for será um herói? Se não será um falido? Ou nunca se saberá?
Indymedia teve o máximo de visitas, (cerca de 2,5 milhões diários segundo dizem), quando morre o seu herói preferido: um violento, estúpido marginal, delinquente a combater globalização e melhores democracias no G8 de Génova. Penso que é menos popular mas mais inteligente esta opinião: "A globalização melhora o bem-estar dos povos, incluindo dos subdesenvolvidos. Mesmo quando a eficiência das multinacionais faz concorrência aos menos eficientes e cria perdedores, as vantagens superam as desvantagens" - diz Claudio Dematè, professor de economia empresarial e estratégia internacional da Universidade Bocconi de Milão, Presidente de E-Capital Parteners, (financiamento ético), ex-presidente da "Ferrovia", (CP de ITÁLIA), e RAI, (RTP de ITÁLIA), (em "CORRIERE LABORO", 2003-07-18, P.9).
"Bush è incapace di dirigere un negozio di ferramenta" - dice titolo
"... l'attuale ppresidente Bush "inadatto a ..., figuramoci una nazione" - Philip Roth, para publicizar o seu novo romance.

Imagino que a primeira opinião é inteligente e a segunda populista. Parece-me evidente que a melhor democracia do mundo não elegeria pela segunda vez com o máximo de votos um político com pouca inteligência. Imagino que são sobretudo os menos inteligentes que acreditam mais nas opiniões populistas do que nas mais inteligentes.
Na Europa actual, (2007), e em particular em Itália, noto um grande movimento de opinião pública anti-USA, mascarado de anti-Bush. Sabedoria popular ou ridícula estupidez para a História?
Não recordo tanto anti-americanismo nem nenhum presidente americano mais criticado pelos menos dos mass media.
Eu penso que nos meios de informação e opinião pública existem modas que nem sempre são racionais ou correspondem ao melhor. Ser contra presidentes eleitos mesmo democraticamente quase sempre é popular mas muitas vezes essa popularidade é fora do comum. Parece-me que sucede isso agora de um modo especial contra Bush, pelo menos visto de Itália: autores de livros e filmes são muito populares sobretudo se chamam a Bush de estúpido, idiota, incapaz de gerir um negócio de ferramentas, ...
Tenho a informação de 50 livros publicados só num ano contra Bush e nem um a favor. Entre os vários realizadores americanos anti-Bush de que tenho notícia salienta-se Moore que talvez fique na História do cinema como a arte de deformar a informação e demonstrar cientificamente a mentira para torná-la popular para os seus crentes.
A maioria acredita no que quer acreditar e é mais fácil acreditar na mentira evidente do que na lógica impopular. A arte, cinema, espectáculos e informação dão muitas vezes ao público o que ele quer. Até a política mais democrática corre o risco de se tornar a arte de enganar e da fantasia mais populista em vez da realidade mais inteligente.
Uns 8.000 manifestaram-se pacificamente com as bandeiras de Che Guevara pelas ruas de Génova no 2 aniversário da morte do violento, estúpido, marginal e delinquente que morreu quando atirava com o extintor ao policia ferido. Nenhum político foi notícia. Ao contrário do ano anterior com protestos ao ridículo Presidente dos Deputados da Esquerda Luciano Violante. Para mi é ridículo que um político de primeiro nível nacional preste homenagem a um marginal delinquente morto a combater os representantes das melhores democracias. Foi recentemente confirmado na Presidência com 85 votos contra 17. Para certa esquerda o G8 continua a ser recordado como uma vitória popular. Para mi foi a vergonha de certa esquerda e do seu populismo estúpido, ignorante e ingrato. Certa esquerda quis utilizar o G8 para causar problemas a Berlusconi recentemente eleito e fez mal aos mais honestos contribuintes que pagaram dezenas de milhões de danos das barbaridades com objectivos contraproducentes.
Uma Itália que deve em grande parte aos EUA por não ser como os vizinhos albaneses continua a fazer de Che Guevara um herói e a não perder uma oportunidade de se manifestar contra USA.
Antes de 2005 e do que eu publiquei no meu blog em italiano, (Cerca in http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/ antiamericanismo, torture, morte), raramente se falava da pena de morte sem vir em primeiro lugar a referencia aos USA. Certos números falam de 5.000 condenados por ano na China,(confirmados mas alguns suspeitam de 10.000 ou 15.000) contra umas dezenas nos EUA, (53 em 2006). Mas para a maioria dos italianos, sobretudo dos jovens estudantes, continua a associar a pena de morte aos USA. Uma sondagem de opinião que eu fiz em 2004 a Milão na maioria pensavam que os USA eram os principais responsáveis da pena de morte e torturas no mundo. Mas um professor disse-me que fez a mesma sondagem e os alunos responderam a 100% que os USA eram os piores em torturas e pena de morte.
David contra Golias, ou perdedores contra os vencedores, contra os políticos, anti-americanismo e contra a pena de morte são muito populares actualmente em Itália. Inteligência, populismo ou civilidade mafiosa? >>> Pena de morte: como salvar milhões de inocentes e fazer biliões mais felizes .

USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?