Wednesday, June 22, 2011

Anarquia, Indymedia, Coolmeia e NAF=Neo-anarquia-futura


Na anarquia tradicional a prioridade é a liberdade individual sem controlo político, leis e hierarquias.
Eu acredito a uma NAF=Neo-anarquia-futura onde a liberdade individual e hierarquias sejam proporcionais à responsabilidade, ética, inteligência e utilidade social global.
A maioria dos movimentos políticos ou religiosos acredita ter os ideais e as propostas práticas de uma sociedade diferente e melhor. Eu acredito nas boas intenções de todos e na ingenuidade, informação e inteligência parcial de muitos.  
Seja a mudança que você quer ver no mundo” - Mahatma Gandhi
"Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e
engajados consiga mudar o mundo. Na verdade, essa é a única via que
conseguiu produzir mudanças até agora." - Margaret Mead
Comentário: Duas ideias que parecem contraditórias mas se completam. A maioria das revoluções históricas está ligada a uma personalidade que criou o seu grupo de seguidores e transformou quase toda a sociedade.
O “ativismo social, ecológico, político apartidário, …” recorda-me um estúpido marginal delinquente a destruir bancos, carros, obras públicas e o melhor deste mundo por acreditar que para construir um outro mundo melhor deve destruir este. Morreu a agredir com um extintor quem defendia com uma arma o diálogo dos melhores representares das melhores democracias no G8 de Génova. Tornou-se o maior herói da velha anarquia e do seu melhor fórum: Indymedia.
Acredito que nem todo o ativismo é bom ou mau. Mas em geral acredito mais em certos movimentos de mudança gradual mais culturais, filosóficos ou artísticos do que violência das ruas.
“Pobreza, insegurança, desnutrição, mudanças climáticas, economia,
são algumas das áreas nas quais podemos desenvolver uma ética global
compartilhada e, utilizando nossa interconectividade, aplicar na prática os
modelos, ferramentas e atitudes propostos para nosso bem-estar comum.
A Coolmeia objetiva ser um ponto de encontro permanente para que
grupos de cidadãos possam se instrumentalizar, receber e compartilhar
recursos, absorver programas, modelos e ferramentas que, quando
utilizados, facilitem a passagem de uma situação social para outra melhor.
Isso se dá através da formação e otimização das governanças locais,
construída entre os atores sociais loco-regionais através de acordos e
pactos, que culminam na realização de ações e projetos de curta ou longa
duração que promovam o desenvolvimento humano e local. Tal formação se
dará através de práticas de educação libertária, entendida como
experiências educativas que pensem e vivam a liberdade, a solidariedade e a
autogestão entre indivíduos e grupos, com vistas à sua autonomia e à sua
autoformação”.
Comentário: Primeiro propõem a liberdade do poder político e depois a sua política. Eu acredito mais na colaboração entre diferentes políticas do que na guerra de destruição da política dos outros para se apresentarem come salvadores. 
“Diferentemente do "governo tradicional", hierarquizado, este núcleo
comunitário baseia-se nos princípios da horizontalidade, transparência,
cooperação e democracia, sonhando e trabalhando coletivamente para
gerar as condições de levem a um futuro melhor. Não se ensina liberdade
sem vivê-la. A liberdade, a solidariedade e a autogestão são meios e fins ao
mesmo tempo. Ao final, cada núcleo de formação acaba por se comportar
como uma “Oficina de Criação de Autonomia”.
Neste processo educativo, construído pelo fortalecimento das
relações de confiança, na experiência da aprendizagem em equipe, no
aprender fazendo, no potencial criativo da inteligência coletiva, criam-se de
forma espontânea as mudanças na forma de pensar, fazer e viver o
desenvolvimento da localidade. O processo de mudança deixa de ser "topdown", de cima para baixo, e passa a ser "bottom-up", ou seja, parte da
comunidade para níveis mais altos ou, se pensarmos bem, parte da
comunidade e se espalha horizontalmente”.
Comentário: Na prática não conheço eficiência sem hierarquias e a melhor eficiência que conheço, resultou sempre das melhores hierarquias. O problema não está em eliminar o “topdown” mas em melhorá-lo com mais colaboração dos melhores em criatividade com os melhores em inteligência e eficiência dentro de um elevado nível de ética global.
Dentro do processo de mudança, temos que forçosamente
retrabalhar o hábito, já que hoje estamos inebriados pelo nada salutar
hábito do consumo, vivendo mais pelo ter do que pelo ser e deixando de
lado relações humanas genuínas em troca de bens materiais. Quando temos
um hábito arraigado, deixamos de ter a memória sobre qual a origem das
coisas, dos gestos e das ações que representamos, e como foram
produzidas.
Comentário: A publicidade e eficiência capitalista criou o valor do “time is money”, tempo é dinheiro. O ideal será a evolução para uma concepção de “TIL=time is life”, tempo é vida, valor mais importante para a felicidade individual e colectiva. 
“São associações e organizações não-governamentais que criam mecanismos de denúncia, de articulação e ação que passam a viabilizar justiça social, dignidade, sustentabilidade e resiliência para suas comunidades, famílias e indivíduos”.
Comentário: Creio que seja mais importante a colaboração entre governos e organizações não governamentais do que certas lutas maniqueístas em que cada parte se considera melhor e destruidora da outra.

USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?