Saturday, September 11, 2004
2004-09-11
USA: I love you. Resposta a tanto anti-americanismo actual
Neste terceiro aniversário de um ataque terrorista que senti não só contra vós mas contra a nossa civilidade, procuro compreender as razões de tanto anti-americanismo e de ataques a uma cultura e uma civilidade que é em parte a minha.
Encontro actualmente em muitos meios um ódio contra USA que procurei compreender. Parece-me um ódio irracional que encontra alimento na deformação da informação. Mas parece-me mais uma questão emocional que racional. Muitas justificações do ódio contra USA parecem-me ridículas: atribuem aos USA os mortos de Angola e Moçambique depois que Mário Soares entregou o poder aos comunistas e os soldados portugueses foram substituídos pelos cubanos da DDR e Rússia.
A popularidade do anti-americanismo manifesta-se nos jornais, nos comentos em certos fóruns, no êxito dos intelectuais e artistas anti-americanos, nos programas de televisão. Até "Panorama", a popular revista italiana de Berlusconi, a 2001-11-06, 5 dias antes deste ataque dedicou uma grande reportagem às causas desse ódio contra USA. E o tema foi retomado por um jornal brasileiro. Che Guevara voltou à TV italiana com grande publicidade. Neste momento, (2004-09-11, 7.50, Canal Italia) está um comentador a dizer que os talibâs foram criados pelos americanos. Quando o comunismo era o principal inimigo do "ocidente" os americanos aliaram-se a eles para combater o mal maior do momento. Aqui está o que eu considero a superioridade dos americanos: em cada momento sabem quais são as prioridades e são mais eficientes meios. Neste momento a prioridade é o combate ao terrorismo e a uma sub-cultura de regresso às origens de 1400 atrás que barbaramente declarou guerra aos "infiéis" e atacou o coração da nossa civilidade mais democrática, livre e civil.
O CD mais vendido no Iraque mostra uma cabeça cortada, cânticos e mensagens de ódio contra os "infiéis" "ocidentais".
O mais vendido de sempre em Itália, "Mai più", fala de mentira de uma guerra justa. Seria mais justo o petróleo do Iraque para a fortuna de Saddam e dos terroristas enquanto o povo estava na miséria?
Vi no TG3 de 2004-09-09, 14.50, mais um realizador americano do festival de Veneza que à semelhança de Moore tem grande popularidade com as suas declarações anti-americanas, em especial contra Bush e a guerra no Iraque. Em resposta ao terrorismo e rapto das voluntárias italianas disse que se devia dar mais liberdade e igualdade ...
Mas existia maior liberdade e igualdade no tempo de Saddam?
Sentir isto de um americano faz-me pensar que grande parte dos artistas da moda sabem ir ao encontro dos sentimentos da maioria. Neste momento parece-me que é moda ser contra Bush e USA como anos atrás foi moda ser contra Berlusconi.
Foi um escândalo mundial por uma americana humilhar um prisioneiro iraquiano e poucos se escandalizam de cortarem a cabeça ou matarem com um tiro na cabeça tantos inocentes e em especial os voluntários humanitários que se sacrificam para ajudar crianças e pobres.
Fui um pacifista radical que se escandalizava ao saber que se gastava com armamento e guerras o que fazia tanta falta para salvar os pobres. Ao ver que o Afeganistão mandou os terroristas contra os americanos depois de receberem 43 milhões de dólares em ajudas humanitárias compreendo que prefiram utilizar o seu dinheiro para combater o terrorismo e instalar democracias do que em ajudas humanitárias.
Ontem estive das 7 às 12 a escrever e comentar o anti-americanismo do fórum: http://portugal.indymedia.org , (1). Hoje encontrei uma enorme quantidade de mais anti-americanismo, talvez em reacção ao que eu escrevi. Em quase 4 anos que frequente quase diariamente não recordo uma única notícia a favor dos americanos, exceptuando as minhas. Um acusa-me de encontrar em cada 10 notícias sobre os EUA 9 minhas a defendê-los. É mentira. Procurei as notícias com o tema EUA e encontrei 1929. Só a 8ª era minha. Imagino que são todas ou quase contra USA. Dizem que este fórum tem cerca de dois milhões de visitas diárias, contando as outras línguas. Só recordo um de Portugal que me deu razão no apoio dos USA. Muitos pensam que estou ao serviço dos americanos e pago por qualquer organização. Na verdade faço-o porque me parece uma injustiça como certos ocidentais agradecem o que devem aos USA. Em especial os italianos pelo que devem aos USA e os portugueses porque em minha opinião devem ao facto de terem apoiado Hitler e de se terem fechado à influência americana o seu atraso até à década de 1970 a 1980. Portugal estava na cauda da Europa em quase tudo e alguns que iam trabalhar nos USA apareciam como milionários. Quando algum fazia fortuna dizia-se tinha ido à América sem passar por água.
Itália deve aos americanos a sua riqueza comparada com a miséria da Albânia de que antes fez parte. Era o país mais comunista da Europa capitalista e o que melhor se proporcionava a seguir o caminho da Albânia, Jugoslávia, Bulgária, Checoslováquia, ... Poucos reconhecem isso que me parece evidente.
Hoje passei a manhã a escrever no meu blog em italiano e navegar nas reacções às voluntárias humanitárias italianas raptadas no Iraque. Encontrei alguns a dar as culpas a Berlusconi e às tropas italianas no Iraque. Mas não tantos como para o caso dos outros italianos raptados. Só os mais próximos do "ministro da terrorista" (ex-ministro da justiça da esquerda), me parecem estúpidos ou ignorantes que preferem estar do lado de Saddam e seus resistentes saudosistas que usam os mesmos métodos.
Ao contrário da maioria dos meios que frequento e dos quais tenho informações neste momento penso que a guerra do Iraque traz mais vantagens para o mundo do que desvantagens: o petróleo do Iraque era uma das principais fontes de alimentação do terrorismo e de uma sub-cultura que declarou guerra aos "infiéis" do "Ocidente" mas que é também a civilidade de muitos orientais e islâmicos.
Ao encontrar tanta informação contrária a Berlusconi pensei que poderia escrever um livro ou uma enciclopédia sobre a inteligência de Berlusconi e a estupidez de certo jornalismo. Por mais inteligente que fosse esse livro estava condenado à falência, pelo menos neste momento. Anti-Bush e anti-Berlusconi são temas muito populares neste momento. Penso que a popularidade é uma questão mais emocional que racional. Por um lado é popular a cultura "indy": anti-Bush, anti-Berlusconi, em defesa de Saddam, de Osamma Bin Ladem e dos terroristas. Por outro lado, Oriana Fallaci, a escritora italiana que vende mais livros situa-se no pólo oposto de cultura e de emoções que me parecem quase tão irracionais como as da cultura indy quando diz que os islâmicos são todos iguais, não se aproveita nenhum, como na esquerda italiana... Compara o antio-cidentalismo e filo-islamismo com o nazi-fascismo de 1938. Eu penso que o confronto destas duas culturas, islâmica e "ocidental", está a criar as condições psicológicas das guerras e do terrorismo. Penso que a "civilidade" ocidental é muito superior não à islâmica mas àquela islâmica de regresso a 1400 anos atrás e de que falou Berlusconi a Berlim em 2001-09-26 quando meio mundo o chamou de estúpido e fui o único a defendê-lo e a acusar os jornalistas.
O jornalista Andrés Ortega escreveu:
"... As considerações de Berlusconi de que o Ocidente era bem superior ao Islã provocou sérios danos aos esforços europeus para atrair parte do mundo islâmico e alimentou esse ódio. Porém, tampouco podem ser consideradas engano: Berlusconi, como responsável político, não devia ter feito tal afirmação; mas refletiu o que muita gente sente ou pensa, voltando a jihad contra eles, os muçulmanos. No sentido contrário, também muitos muçulmanos — há 11 milhões deles na União Européia e sete milhões nos Estados Unidos — sentem-se, como afirmou o chanceler alemão, Gerhard Schröder, a primeira vítima após os mortos e feridos dos atentados de Nova York ou Washington. Provavelmente, como foi dito em Cadenabbia, estamos como o senhor K., de Brecht, quando lhe perguntaram: Em que está trabalhando agora? E ele respondeu: ‘‘No meu próximo erro’’.
Publicado no Correio Braziliense em 02/10/2001, http://www.correioweb.com.br/hotsites/guerra_terror/?t=Artigos&m=77
Os ataques terroristas do 11/9 não só fizeram mal aos ditos ocidentais mas a muitos árabes que vivem na Europa e passaram a ser vistos com preconceitos. Muitos passaram a identificar-se mais com a civilidade ocidental do que com os terroristas do regresso às origens da luta contra os infiéis. São como o "Velho do Restelo" , (que nos "Lusíadas" se opunha aos Descobrimentos), da globalização. Nenhuma inovação traz só vantagens e uma certa oposição tem a sua razão de ser para não se avançar demasiado depressa. Por duas vezes gostei da atitude dos no-global. Mas foi precisamente quando fizeram menos notícia, incluso no indy. Isto faz-me pensar que infelizmente talvez tenham razão os que dizem que nenhuma revolução se fez sem sangue.
>>> Escrevi recentemente:
Terrorismo, bárbaros, civilidade ocidental, línguas e sub-culturas http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44482&cidade=1
Che Guevara: Mito da liberdade? Esperança da vitória? Ou herói dos falidos, estúpidos, ignorantes e do anti-americanismo primitivo?(Sondagem) . - Wednesday, June 9th 2004 http://jiimm.bravejournal.com/entry/3502 Da causa comunista pela qual Che Guevara lutou parece-me que só resta a miséria cubana. Onde existe comunismo e com quais resultados?
(1) Notas e comentários:
"Caros árabes" saiu-me da emoção de ver aqueles árabes de Bagdad que se manifestaram contra os outros bárbaros e estão mais no meu coração e na minha simpatia do que certos colhões ocidentais.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44562&cidade=1&forcarcomentarios=S#44588
Há muitas fronteiras que não se tenham feito sem guerras?
Os 3 milhões de mortos de Angola e Moçambique devem ser mais atribuídos às culpas dos americanos ou dos russos, da DDR e cubanos que meteram lá as suas tropas?
No Iraque morreram 1000 americanos talvez para que Saddam não matasse outro milhão...
Quando Saddam invadiu o Kuwait para poder canalizar o seu petróleo para a consolidação da sua ditadura e destruir Isrel era bom? Quando USA libertou o Kuwait de um dos mais sanguinários ditadores continua a ser o mau da fita?
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44070&cidade=1
Na Segunda Guerra Mundial morreram 200.000 e deram o principal contributo ao fim de uma guerra que matou 45.000.000.
No Vietname morreram 58.000 para impedir que um comunismo que matou 100.000.000 na Rússia, (e não sei quantos na China), alastrasse tão facilmente e causasse outras tantas vítimas no "Ocidente".
Talvez um dia haja quem reconheça aos americanos de livrarem meio mundo de ser governado por certos bárbaros com condescendência de certos colhões...
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44476&cidade=1
Por um lado o terrorismo globalizou-se e por outro aproveita-se precisamente de aliar-se a minorias que se opõem à globalização. Eu penso que deve surgir mais global e local: globalizar o melhor e luta global contra o mal, especialmente contra o sacrifício de inocentes por políticas duvidosas. http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/09/290110.shtml
No-global, arte, cinema e informação http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44116&cidade=1
Não sei se será a pior droga mas certamente uma com piores danos universais é a informação deformada e parcial: cria os ódios que alimentam guerras e intolerâncias.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=42463&cidade=1
Parece-me que é o primeiro que me dá razão num fórum de um a dois milhões de visitas diárias. E eu penso que tenho razão no essencial: a informação deformadaa dar razão só a uma parte cria os ódios que alimentam guerras e intolerâncias.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=43962&cidade=1
O sonho americano não pode ser para todos. Nem nos USA está tudo bem, ético e justo. Devemos aprender com a sua eficiência mas o mundo não pode permitir-se o seu luxo e desperdício. Imaginemos que todo o mundo queria viver com o seu nível de consumo e desperdício?
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44021&cidade=1
Por um lado o terrorismo globalizou-se e por outro aproveita-se precisamente de aliar-se a minorias que se opoem à globalização. Eu penso que deve surgir mais global e local: globalizar o melhor e luta global contra o mal, especialmente contra o sacrifício de inocentes por políticas duvidosas.
Vergonhoso! Morrem 1002 soldados americanos para libertarem o povo do Iraque de um ditador que causou a morte a mais de um milhão e dizem: "Parabens à resistência iraquiana". http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44476&cidade=1 :"O numero de baixas americanas atingiu (e já ultrapassou) o bonito numero de 1000!
Parabens à resistência iraquiana! "
Prefiro a "paz americana" à "anarquia" terrorista ou a um governo de quem os defende. "SEPTEMBER 11 OF 2001 - THE TERRORIST ATTACKS " http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44481&cidade=1
Num momento em que uns terroristas mataram centenas de crianças para defenderem a sua "cultura" ou sub-cultura ...
Num momento em que Itália está de luto porque um dos melhores exemplos da sua melhor cultura: um jornalista pacifista que arriscou a vida para ajudar iraquianos e compreender as razões da guerra foi barbaramente assassinado em nome dessa "cultura" ou sub-cultura ...
Num momento em que meio mundo, incluso o melhor do islão está revoltado contra um ataque a uma organização de voluntários humanitários não governamental com a única finalidade de ajudar as crianças e sequestro de duas italianas voluntárias humanitárias, outra iraquiana, outro voluntário ... Pessoas que sacrificam a sua vida para ajudar outros ...
Num momento em que um mundo mais civil se escandaliza com estas monstruosidades aparecem teorias duvidosas, informações falsas e muita demagogia a ofuscar do essencial: uma sub-cultura que faz política com a morte de crianças e voluntários para condicionar as eleições em Espanha, impor leis em França e Itália ...
A grandeza deste fórum está na possibilidade de eu poder ter uma opinião diferente e exprimi-la. A sua miséria está em ser quase o único que não defende os maiores criminosos, terroristas, sub-culturas, marginais delinquentes transformados em heróis, minorias "culturais", minorias linguístas e outras minorias que felizmente são minorias ... Un plan pour étendre l'hégémonie US
La Guerre des civilisations http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44478&cidade=1
Prefiro a "paz americana" à "anarquia" terrorista ou a um governo de quem os defende. "SEPTEMBER 11 OF 2001 - THE TERRORIST ATTACKS " http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44481&cidade=1
No-global, arte, cinema e informação http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44116&cidade=1
Eu penso que Mooore ficará na história como melhor exemplo de alguns vícios das democracias: a deformação da informação condiciona más políticas. Como nunca haverá consenso sobre o que é bom ou mau para uns será um exemplo de como o terrorismo e certa sub-cultura islâmica venceu ou resistiu à "ocidental". Para outros como os pobres vencem os ricos... Ou resistem aos malefícios da globalização ...
A questão de fundo está numa ética local ou global da visão do Iraque: uns povos que se consideram com uma civilização superior da qual não têm dúvidas frente aos resultados consideram ético levar essa civilização aos outros mesmo com alguns sacrifícios ou riscos que se podem transformar-se em vantagens para todos. Outros pensam que estes são ladrões que fazem guerras para lhes roubar o petróleo ...
Moore to Pursue Best Picture Oscar http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44458&cidade=1
Italiano:
Berlusconi, Prodi, civiltà occidentale, islam e giornalismo http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/?id_blogdoc=255345
If you would like to help Iraqi people http://www.ruleta.nazory.cz/demo/page.php
USA: I love you. Resposta a tanto anti-americanismo actual
Neste terceiro aniversário de um ataque terrorista que senti não só contra vós mas contra a nossa civilidade, procuro compreender as razões de tanto anti-americanismo e de ataques a uma cultura e uma civilidade que é em parte a minha.
Encontro actualmente em muitos meios um ódio contra USA que procurei compreender. Parece-me um ódio irracional que encontra alimento na deformação da informação. Mas parece-me mais uma questão emocional que racional. Muitas justificações do ódio contra USA parecem-me ridículas: atribuem aos USA os mortos de Angola e Moçambique depois que Mário Soares entregou o poder aos comunistas e os soldados portugueses foram substituídos pelos cubanos da DDR e Rússia.
A popularidade do anti-americanismo manifesta-se nos jornais, nos comentos em certos fóruns, no êxito dos intelectuais e artistas anti-americanos, nos programas de televisão. Até "Panorama", a popular revista italiana de Berlusconi, a 2001-11-06, 5 dias antes deste ataque dedicou uma grande reportagem às causas desse ódio contra USA. E o tema foi retomado por um jornal brasileiro. Che Guevara voltou à TV italiana com grande publicidade. Neste momento, (2004-09-11, 7.50, Canal Italia) está um comentador a dizer que os talibâs foram criados pelos americanos. Quando o comunismo era o principal inimigo do "ocidente" os americanos aliaram-se a eles para combater o mal maior do momento. Aqui está o que eu considero a superioridade dos americanos: em cada momento sabem quais são as prioridades e são mais eficientes meios. Neste momento a prioridade é o combate ao terrorismo e a uma sub-cultura de regresso às origens de 1400 atrás que barbaramente declarou guerra aos "infiéis" e atacou o coração da nossa civilidade mais democrática, livre e civil.
O CD mais vendido no Iraque mostra uma cabeça cortada, cânticos e mensagens de ódio contra os "infiéis" "ocidentais".
O mais vendido de sempre em Itália, "Mai più", fala de mentira de uma guerra justa. Seria mais justo o petróleo do Iraque para a fortuna de Saddam e dos terroristas enquanto o povo estava na miséria?
Vi no TG3 de 2004-09-09, 14.50, mais um realizador americano do festival de Veneza que à semelhança de Moore tem grande popularidade com as suas declarações anti-americanas, em especial contra Bush e a guerra no Iraque. Em resposta ao terrorismo e rapto das voluntárias italianas disse que se devia dar mais liberdade e igualdade ...
Mas existia maior liberdade e igualdade no tempo de Saddam?
Sentir isto de um americano faz-me pensar que grande parte dos artistas da moda sabem ir ao encontro dos sentimentos da maioria. Neste momento parece-me que é moda ser contra Bush e USA como anos atrás foi moda ser contra Berlusconi.
Foi um escândalo mundial por uma americana humilhar um prisioneiro iraquiano e poucos se escandalizam de cortarem a cabeça ou matarem com um tiro na cabeça tantos inocentes e em especial os voluntários humanitários que se sacrificam para ajudar crianças e pobres.
Fui um pacifista radical que se escandalizava ao saber que se gastava com armamento e guerras o que fazia tanta falta para salvar os pobres. Ao ver que o Afeganistão mandou os terroristas contra os americanos depois de receberem 43 milhões de dólares em ajudas humanitárias compreendo que prefiram utilizar o seu dinheiro para combater o terrorismo e instalar democracias do que em ajudas humanitárias.
Ontem estive das 7 às 12 a escrever e comentar o anti-americanismo do fórum: http://portugal.indymedia.org , (1). Hoje encontrei uma enorme quantidade de mais anti-americanismo, talvez em reacção ao que eu escrevi. Em quase 4 anos que frequente quase diariamente não recordo uma única notícia a favor dos americanos, exceptuando as minhas. Um acusa-me de encontrar em cada 10 notícias sobre os EUA 9 minhas a defendê-los. É mentira. Procurei as notícias com o tema EUA e encontrei 1929. Só a 8ª era minha. Imagino que são todas ou quase contra USA. Dizem que este fórum tem cerca de dois milhões de visitas diárias, contando as outras línguas. Só recordo um de Portugal que me deu razão no apoio dos USA. Muitos pensam que estou ao serviço dos americanos e pago por qualquer organização. Na verdade faço-o porque me parece uma injustiça como certos ocidentais agradecem o que devem aos USA. Em especial os italianos pelo que devem aos USA e os portugueses porque em minha opinião devem ao facto de terem apoiado Hitler e de se terem fechado à influência americana o seu atraso até à década de 1970 a 1980. Portugal estava na cauda da Europa em quase tudo e alguns que iam trabalhar nos USA apareciam como milionários. Quando algum fazia fortuna dizia-se tinha ido à América sem passar por água.
Itália deve aos americanos a sua riqueza comparada com a miséria da Albânia de que antes fez parte. Era o país mais comunista da Europa capitalista e o que melhor se proporcionava a seguir o caminho da Albânia, Jugoslávia, Bulgária, Checoslováquia, ... Poucos reconhecem isso que me parece evidente.
Hoje passei a manhã a escrever no meu blog em italiano e navegar nas reacções às voluntárias humanitárias italianas raptadas no Iraque. Encontrei alguns a dar as culpas a Berlusconi e às tropas italianas no Iraque. Mas não tantos como para o caso dos outros italianos raptados. Só os mais próximos do "ministro da terrorista" (ex-ministro da justiça da esquerda), me parecem estúpidos ou ignorantes que preferem estar do lado de Saddam e seus resistentes saudosistas que usam os mesmos métodos.
Ao contrário da maioria dos meios que frequento e dos quais tenho informações neste momento penso que a guerra do Iraque traz mais vantagens para o mundo do que desvantagens: o petróleo do Iraque era uma das principais fontes de alimentação do terrorismo e de uma sub-cultura que declarou guerra aos "infiéis" do "Ocidente" mas que é também a civilidade de muitos orientais e islâmicos.
Ao encontrar tanta informação contrária a Berlusconi pensei que poderia escrever um livro ou uma enciclopédia sobre a inteligência de Berlusconi e a estupidez de certo jornalismo. Por mais inteligente que fosse esse livro estava condenado à falência, pelo menos neste momento. Anti-Bush e anti-Berlusconi são temas muito populares neste momento. Penso que a popularidade é uma questão mais emocional que racional. Por um lado é popular a cultura "indy": anti-Bush, anti-Berlusconi, em defesa de Saddam, de Osamma Bin Ladem e dos terroristas. Por outro lado, Oriana Fallaci, a escritora italiana que vende mais livros situa-se no pólo oposto de cultura e de emoções que me parecem quase tão irracionais como as da cultura indy quando diz que os islâmicos são todos iguais, não se aproveita nenhum, como na esquerda italiana... Compara o antio-cidentalismo e filo-islamismo com o nazi-fascismo de 1938. Eu penso que o confronto destas duas culturas, islâmica e "ocidental", está a criar as condições psicológicas das guerras e do terrorismo. Penso que a "civilidade" ocidental é muito superior não à islâmica mas àquela islâmica de regresso a 1400 anos atrás e de que falou Berlusconi a Berlim em 2001-09-26 quando meio mundo o chamou de estúpido e fui o único a defendê-lo e a acusar os jornalistas.
O jornalista Andrés Ortega escreveu:
"... As considerações de Berlusconi de que o Ocidente era bem superior ao Islã provocou sérios danos aos esforços europeus para atrair parte do mundo islâmico e alimentou esse ódio. Porém, tampouco podem ser consideradas engano: Berlusconi, como responsável político, não devia ter feito tal afirmação; mas refletiu o que muita gente sente ou pensa, voltando a jihad contra eles, os muçulmanos. No sentido contrário, também muitos muçulmanos — há 11 milhões deles na União Européia e sete milhões nos Estados Unidos — sentem-se, como afirmou o chanceler alemão, Gerhard Schröder, a primeira vítima após os mortos e feridos dos atentados de Nova York ou Washington. Provavelmente, como foi dito em Cadenabbia, estamos como o senhor K., de Brecht, quando lhe perguntaram: Em que está trabalhando agora? E ele respondeu: ‘‘No meu próximo erro’’.
Publicado no Correio Braziliense em 02/10/2001, http://www.correioweb.com.br/hotsites/guerra_terror/?t=Artigos&m=77
Os ataques terroristas do 11/9 não só fizeram mal aos ditos ocidentais mas a muitos árabes que vivem na Europa e passaram a ser vistos com preconceitos. Muitos passaram a identificar-se mais com a civilidade ocidental do que com os terroristas do regresso às origens da luta contra os infiéis. São como o "Velho do Restelo" , (que nos "Lusíadas" se opunha aos Descobrimentos), da globalização. Nenhuma inovação traz só vantagens e uma certa oposição tem a sua razão de ser para não se avançar demasiado depressa. Por duas vezes gostei da atitude dos no-global. Mas foi precisamente quando fizeram menos notícia, incluso no indy. Isto faz-me pensar que infelizmente talvez tenham razão os que dizem que nenhuma revolução se fez sem sangue.
>>> Escrevi recentemente:
Terrorismo, bárbaros, civilidade ocidental, línguas e sub-culturas http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44482&cidade=1
Che Guevara: Mito da liberdade? Esperança da vitória? Ou herói dos falidos, estúpidos, ignorantes e do anti-americanismo primitivo?(Sondagem) . - Wednesday, June 9th 2004 http://jiimm.bravejournal.com/entry/3502 Da causa comunista pela qual Che Guevara lutou parece-me que só resta a miséria cubana. Onde existe comunismo e com quais resultados?
(1) Notas e comentários:
"Caros árabes" saiu-me da emoção de ver aqueles árabes de Bagdad que se manifestaram contra os outros bárbaros e estão mais no meu coração e na minha simpatia do que certos colhões ocidentais.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44562&cidade=1&forcarcomentarios=S#44588
Há muitas fronteiras que não se tenham feito sem guerras?
Os 3 milhões de mortos de Angola e Moçambique devem ser mais atribuídos às culpas dos americanos ou dos russos, da DDR e cubanos que meteram lá as suas tropas?
No Iraque morreram 1000 americanos talvez para que Saddam não matasse outro milhão...
Quando Saddam invadiu o Kuwait para poder canalizar o seu petróleo para a consolidação da sua ditadura e destruir Isrel era bom? Quando USA libertou o Kuwait de um dos mais sanguinários ditadores continua a ser o mau da fita?
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44070&cidade=1
Na Segunda Guerra Mundial morreram 200.000 e deram o principal contributo ao fim de uma guerra que matou 45.000.000.
No Vietname morreram 58.000 para impedir que um comunismo que matou 100.000.000 na Rússia, (e não sei quantos na China), alastrasse tão facilmente e causasse outras tantas vítimas no "Ocidente".
Talvez um dia haja quem reconheça aos americanos de livrarem meio mundo de ser governado por certos bárbaros com condescendência de certos colhões...
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44476&cidade=1
Por um lado o terrorismo globalizou-se e por outro aproveita-se precisamente de aliar-se a minorias que se opõem à globalização. Eu penso que deve surgir mais global e local: globalizar o melhor e luta global contra o mal, especialmente contra o sacrifício de inocentes por políticas duvidosas. http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/09/290110.shtml
No-global, arte, cinema e informação http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44116&cidade=1
Não sei se será a pior droga mas certamente uma com piores danos universais é a informação deformada e parcial: cria os ódios que alimentam guerras e intolerâncias.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=42463&cidade=1
Parece-me que é o primeiro que me dá razão num fórum de um a dois milhões de visitas diárias. E eu penso que tenho razão no essencial: a informação deformadaa dar razão só a uma parte cria os ódios que alimentam guerras e intolerâncias.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=43962&cidade=1
O sonho americano não pode ser para todos. Nem nos USA está tudo bem, ético e justo. Devemos aprender com a sua eficiência mas o mundo não pode permitir-se o seu luxo e desperdício. Imaginemos que todo o mundo queria viver com o seu nível de consumo e desperdício?
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44021&cidade=1
Por um lado o terrorismo globalizou-se e por outro aproveita-se precisamente de aliar-se a minorias que se opoem à globalização. Eu penso que deve surgir mais global e local: globalizar o melhor e luta global contra o mal, especialmente contra o sacrifício de inocentes por políticas duvidosas.
Vergonhoso! Morrem 1002 soldados americanos para libertarem o povo do Iraque de um ditador que causou a morte a mais de um milhão e dizem: "Parabens à resistência iraquiana". http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44476&cidade=1 :"O numero de baixas americanas atingiu (e já ultrapassou) o bonito numero de 1000!
Parabens à resistência iraquiana! "
Prefiro a "paz americana" à "anarquia" terrorista ou a um governo de quem os defende. "SEPTEMBER 11 OF 2001 - THE TERRORIST ATTACKS " http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44481&cidade=1
Num momento em que uns terroristas mataram centenas de crianças para defenderem a sua "cultura" ou sub-cultura ...
Num momento em que Itália está de luto porque um dos melhores exemplos da sua melhor cultura: um jornalista pacifista que arriscou a vida para ajudar iraquianos e compreender as razões da guerra foi barbaramente assassinado em nome dessa "cultura" ou sub-cultura ...
Num momento em que meio mundo, incluso o melhor do islão está revoltado contra um ataque a uma organização de voluntários humanitários não governamental com a única finalidade de ajudar as crianças e sequestro de duas italianas voluntárias humanitárias, outra iraquiana, outro voluntário ... Pessoas que sacrificam a sua vida para ajudar outros ...
Num momento em que um mundo mais civil se escandaliza com estas monstruosidades aparecem teorias duvidosas, informações falsas e muita demagogia a ofuscar do essencial: uma sub-cultura que faz política com a morte de crianças e voluntários para condicionar as eleições em Espanha, impor leis em França e Itália ...
A grandeza deste fórum está na possibilidade de eu poder ter uma opinião diferente e exprimi-la. A sua miséria está em ser quase o único que não defende os maiores criminosos, terroristas, sub-culturas, marginais delinquentes transformados em heróis, minorias "culturais", minorias linguístas e outras minorias que felizmente são minorias ... Un plan pour étendre l'hégémonie US
La Guerre des civilisations http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44478&cidade=1
Prefiro a "paz americana" à "anarquia" terrorista ou a um governo de quem os defende. "SEPTEMBER 11 OF 2001 - THE TERRORIST ATTACKS " http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44481&cidade=1
No-global, arte, cinema e informação http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44116&cidade=1
Eu penso que Mooore ficará na história como melhor exemplo de alguns vícios das democracias: a deformação da informação condiciona más políticas. Como nunca haverá consenso sobre o que é bom ou mau para uns será um exemplo de como o terrorismo e certa sub-cultura islâmica venceu ou resistiu à "ocidental". Para outros como os pobres vencem os ricos... Ou resistem aos malefícios da globalização ...
A questão de fundo está numa ética local ou global da visão do Iraque: uns povos que se consideram com uma civilização superior da qual não têm dúvidas frente aos resultados consideram ético levar essa civilização aos outros mesmo com alguns sacrifícios ou riscos que se podem transformar-se em vantagens para todos. Outros pensam que estes são ladrões que fazem guerras para lhes roubar o petróleo ...
Moore to Pursue Best Picture Oscar http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44458&cidade=1
Italiano:
Berlusconi, Prodi, civiltà occidentale, islam e giornalismo http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/?id_blogdoc=255345
If you would like to help Iraqi people http://www.ruleta.nazory.cz/demo/page.php
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USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?
6 comments:
>>> Milionários, ética indy, no-global e americana... http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44731&cidade=1
>>>
Civilidade ocidental, islâmica e terrorista http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44945&cidade=1
Civilidade ocidental, islâmica e terrorista http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44945&cidade=1
Não sei se posso chamar ódio, mas é desprezo e irritação que sinto ao ver o típico norte americano. Naturalmente que há extremos e tu baseias este post nas opinioes extremadas que como deverias saber, não têm valor exactamente por serem extremas e fanáticas, não servindo desse modo como exemplo. Olha o norte americano típico: Constantemente a defender a sua pátria sem razão para isso, encontrando um inimigo aqui ou ali por ridicula que seja a situação, sempre a defender as suas ideias mesmo que não sofram qualquer ataque plausível dessa defesa. Um presidente português que não concorda com um ideal político, respeita e acata, um presidente norte americano declara guerra a ideias diferentes como o embargo que mantem a Cuba (anti-comunismo) ou a descriminação que fazem aos muçulmanos. Sejam elas religiosas políticas, raciais, ou meramente de índole simbólica (só um típico norte americano se ofende com o chamamento muçulmano às mesquitas que é um equivalente aos sinos das igrejas) o norte americano está sempre presente para declarar guerra. E tecnologia? em comparação a outros países como a Rússia ou Japão? A tecnologia dos Estados Unidos é marketing desmesurado e imbecil comparado à frota nuclear de pescas russa, ou ao avanço robótico japonês. Nos Estados Unidos um presidente ganha eleições porque o seu oponente não é cristão, porque não é anti-comunista, porque não usa chinelos made in USA, ou seja, por coisas mínimas de índole pessoal que nada têm a ver com um possível bom gestor de um país. Só nos Estados Unidos há leis como: é proibido lançar um alce de um avião; É proibida a domesticação de um ovni e/ou monstro. Resumindo e finalizando, o povo norte americano na sua maioria é imbecil, ignorante, estúpido. Bastará veres um pequeno vídeo de um quiz aleatório nas ruas nova iorquinas onde se perguntam coisas como «quantos lados tem um triangulo? onde fica o Paraguai?» para perceberes o que estou a dizer. O anti-americanismo nasceu apenas de uma coisa: A necessidade do norte americano ser contra tudo e todos.
Ricardo
ps: se quiseres responder: cannibal_seth@hotmail.com
????? Olha o norte americano típico: Constantemente a defender a sua pátria sem razão para isso,????????? E os ataques terroristas do 11 de Setembro 2001? Eu penso que Saddam era como Hitler e tinha poder para fazer pior à Europa se não fossem os USA cortar-lhe as fontes de financiamento da sua guerra para apanhar o petrólio do Medio Oriente, (como foi encontrado nos seus planos). Sem USA parece-me evidente que poderia apanhar a maior parte do petrólio do Médio Oriente, a principal fonte de financiamento do terrorismo internacional. Sabemos que Saddam era um admirador de Hitler. Quem nos garante que sem os americanos não faziam o mesmo? Quem nos garante que Saddam não usava o seu poder para conquistar Europa como sonhava segundo algumas fontes?
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