Sunday, March 09, 2008

Nixon, Kissinger, Bush, jornalismo e história

Nixon fazia parte da minha linha lista negra mental de preconceitos negativos como Hitler, Mussolini, Estaline e Mao, ...
Recordo uma discussão da minha juventude de estudante em que eu era só contra todos: sem nenhuma excepção, uma turma de dezenas de estudantes entre 15 e 20 anos defendia que a guerra do Vietname era sustentada de Nixon para fazer pagar mais impostos dizendo que era para a guerra e meter esse dinheiro ao bolso. Tenho a impressão que aquela discussão teve lugar depois de umas férias. Naquele tempo eu era talvez o menos informado dos meios de informação: vivia no campo onde não chegava electricidade, nem TV, nem jornais e da rádio preferia escutar Amália Rodrigues do que as notícias da guerra no Vietname. Eu era o rei dos ignorantes em informação política internacional mas tinha a inteligência e a independência de espírito para não pensar como todos. Para mi era evidente que se um presidente quisesse meter dinheiro ao bolso não precisava de uma guerra com 500.000 soldados americanos no Vietname para justificar mais impostos e meter a sua parte de lado.
Talvez esse facto que recordo por um dos que me senti só contra todos tenha deixado em mi a impressão negativa de Nixon. Naquele tempo eu não negava que tivessem razão quando diziam que Nixon roubava o dinheiro dos contribuintes. Só negava que um presidente fizesse aquela guerra para roubar. Para mi a figura de Nixon ficou sempre associada à guerra e ao escândalo que originou a sua demissão.
Só no dia 2006-12-07, na TV mais comunista e mais de esquerda de Itália, Rai3, (22-24), encontrei uma outra versão de Nixon com aspectos positivos desconhecidos: foi o presidente americano eleito com mais votos pela sua segunda vez, com uma percentual de 70%, pôs fim à guerra do Vietname com diplomacia de um génio: fez viagens à China e Rússia assinando tratados de paz e redução de armamentos. O seu braço direito foi Henry Kissinger que agora alguns consideram um diabo no Vaticano.
E se Nixon fosse um génio de diplomacia transformado em corrupto diabólico de dois jornalistas?
Bush parece-me o presidente americano mais tratado por estupido, incompetente, preguiçoso, tudo do pior, ao menos na imprensa italiana. Até a revista do seu amigo Berlusconi chama “melhor” às TVs americanas mais anti-Bush. Na verdade foi o presidente mais votado pela segunda vez de toda a história americana. A melhor democracia vota o presidente mais estúpido? Ou é fruto de um anti-americanismo muito populista actual?
Jornalismo do futuro: criatividade e inteligência colectiva para mais informação electrónica e menos impressa
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