Sunday, March 09, 2008

Jornalismo, política e economia do futuro global: filosofia, ética e justiça para um mundo melhor

Visitei a quinta onde fui criado e um mundo de ideias e emoções me passou pela cabeça: terrenos aproveitados ao máximo alimentavam e davam sustento para mais de 10 pessoas. Agora só uma vai lá com ovelhas a pastar, terrenos que produziam alimentos ou estão abandonados ou plantados de pinheiros. O estado financia para deixar de produzirem alimentos e plantar árvores para papel de livros e jornais. Entretanto aumenta o número dos mortos de fome e desempregados. Quem trabalha paga com seus impostos para os desempregados, para não produzirem alimentos e produzirem papel, parra ajudas aos que morrem de fome, (para não morrerem tantos ou morrerem nas suas terras), para manter nas prisões os que preferem matar qualquer inocente para não morrerem de fome...

Com os nossos impostos os políticos da Europa mandaram ajudas humanitárias para Ruanda que serviram para armas usadas em 1994 para um genocídio de quase um milhão de mortos. Entretanto com os nossos impostos paga-se aos agricultores para não produzirem tanto e manter os preços altos. Não seria mais lógico e justo mandar o excedente de produção para os que morrem de fome em vez de mandar dinheiro que serve para armas?

O estado português pagava 40% do papel para jornais. Grande parte desse papel era ocupado com publicidade ao consumo. Os impostos dos consumidores pagam o estímulo a muito consumo não só inútil mas prejudiciais. Mais consumo de uns equivale muitas vezes à morte de outros. Não estaremos num círculo vicioso de interesses? Os políticos pagam para os jornais para receberem consenso popular. Os jornais agradecem e fazem muita publicidade ao consumo. A poluição é enorme e fazem-se carros e aviões ecológicos para evitar desastre ambiental. Mas uma viagem ecológica não corresponde a um morto de fome? Da Internet recebi informações que me parecem sugerir precisamente isso por duas razões: os cereais para produzir um depósito de combustível ecológico davam para alimentar uma pessoa num ano; com o uso de terrenos para produzir combustível ecológico, faltam para cereais e estes aumentam de preço. Os mais pobres não podem comprar e morrem de fome. Um japonês morto num banco público deixou no diário que queria comer um prato de arroz como o último que tinha comido há 10 dias.

Em Itália Beppe Grillo está a ter grande popularidade com a sua campanha contra o financiamento público dos jornais.

O Estado não faria melhor em financiar as melhores ideias para um mundo melhor em vez de financiar papel e publicidade ao consumo?

Com a tendência cada vez maior à globalização os milhões de mortos de fome cada ano não só passam as fronteiras na informação e inquietam as consciências. Cada vez mais passarão as fronteiras e se não encontram trabalho preferem a criminalidade a morrer de fome. E os contribuintes pagarão muito mais para a segurança e mantê-los nas prisões. Uma prisão de máxima segurança nos USA custa cerca de um milhão de dólares por cada prisioneiro só para a construção. Em Itália os presos custam cerca de €200 por dia e a maioria são estranjeiros.

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Fome, adopções e cumplicidade cristã no pior crime da actualidade

Ruanda, anti-americanismo, pacifismos parciais e a arte de deformar a informação
Civilidade ocidental, islâmica e terrorista

Cultura e ética indy, no-global e americana

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USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?