Thursday, October 26, 2006

Turismo no espaço e fome na terra, intelligência de Bill Gates e estupidez no-global, ricos e pobres, Microsoft e copyleft
A notícia de que Paul Allen, milionário fundador da Microsoft, patrocinou a primeira viagem privada no espaço, despertou em mi pensamentos emoções contraditórios:
Não seria melhor investir esses 20 milhões para salvar os que morrem de fome? Ou quem soube investir na Microsoft sabe melhor que eu em que deve investir? Afinal os no-global causaram o dobro de danos no G8 de Génova, (1), e muito provavelmente com menos resultados. A coisa mais inteligente do mais inteligente desses no-global parece-me uma estupidez: sem patentes nos medicamentos podiam ser produzidos por um preço 30 vezes inferior em África e salvar milhões de pessoas. Eu penso que sem patentes esses medicamentos não teriam sido inventados e morreriam biliões em vez de milhões.
Recordo as polémicas do primeiro homem na Lua: uns diziam que esses investimentos deviam ser usados na Terra em vez da Lua. Outros diziam que esses investimentos ficavam na Terra e desenvolviam muitas ciências com interesse prático para o quotidiano futuro.
Aqueles investimentos foram feitos pelo Estado, pelos contribuintes. Neste caso é um privado que acredita no resultado económico de um investimento em turismo espacial. Calculam que no ano 2030 estejam 5 milhões em lista de espera para uma viagem de turismo no espaço. (Fonte: “La Stampa” 2004-06-21, p.14). Mas outros cálculos falam da necessidade de dois planetas como a Terra para alimentar o contínuo aumento de população e consumo.
Aqui está a diferença essencial entre capitalismo e comunismo: no sistema capitalista quem mostrou saber investir tem mais meios de investir até investir mal; no sistema comunista ou na função pública são os ditos representantes do povo a decidir. Teoricamente ambos os sistemas têm a sua lógica. Na prática ambos têm s suas vantagens e desvantagens: um produz mais eficiência e desigualdade, outro produz mais igualdade e ineficiência. Como se vê comparando USA e ex-URSS, Itália e Albânia, BRD e DDR, Coreia do Norte e do Sul.
A Microsoft fez dinheiro produzindo benefícios sociais pagos por quem os usa. A filosofia oposta do “copyleft”, contra patentes e direitos de autor, acredita mais no voluntariado espontâneo e defende o livre uso das invenções e programas sem pagar direitos de autor, (2).
Se não existissem direitos de autor talvez Bill Gates e seus colaboradores não tivessem tanto dinheiro mas o mundo estaria muito pior e morreriam mais de fome: menos empregados, os que trabalham na investigação economizam tempo aos mais inteligentes e produtivos que por sua vez permitem melhorar a vida com menos meios.
Cada sistema tem as suas vantagens e desvantagens. Eu penso que são necessárias menos leis mas mais universais, talvez com a superintendência da ONU, algumas normas éticas e deontológicas mais globalmente aceites e muito bom senso de justiça sem fronteiras na sua aplicação.
(Versão de 2004-06-22: Turismo no espaço, no-global, ricos, pobres, microsoft, copyleft, capitalismo e comunismo revista a 2006-10-26).
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Notas:
(1) O G8 de Génova foi para muitos anarquistas e “no-global” um momento alto da sua história. Para mi foi um momento baixo: nobres ideais como objectivos muito justos mas com estúpidos meios: violência, destruição, terrorismo ...
Passados 6 anos o G8 de Génova continua em primeira página da informação "indy" como um trofeu político, a defesa dos manifestantes e a criminalização dos polícias. Para mi é a sua vergonha.
No indy de Itália, 3 anos depois continuava na home page: "Processi e menzogne … La Cassazione ha deciso che devono essere giudicati a Genova i 73 poliziotti indicati dall'inchiesta come responsabili di violenze… Nel frattempo, è stata archiviata l'ultima accusa che pendeva sulle 93 persone massacrate alla scuola Diaz e dal 2 marzo è iniziato il processo contro persone che erano andate a manifestare a Genova. Sono una ventina, alcune con capi di accusa pesanti. "
Eu penso que a vergonha deste processo está em continuar a aumentar a injustiça: os contribuintes continuam a pagar pelos criminosos, e mesmo que os polícias sejam condenados são os contribuintes que pagam não só com dinheiro mas sobretudo com menos segurança. Dos no-global que destruíram Génova e causaram danos de 30 a 50 milhões de euros só uns vinte poderão ser condenados a viver algum tempo numa prisão custando aos contribuintes uns E200 por dia. Os polícias que foram obrigados a 12 horas de guerrilha urbana e a um stress de perigo de vida descarregaram a sua agressividade contra algumas vítimas que poderão estar inocentes. Mas os mais inocentes e que pagam mais são os contribuintes.
Eu penso que a justiça continua a ser o árbitro do mais forte no momento: os no-global, apoiados com a oposição a Berlusconi, certa informação, centros sociais e uma opinião pública que quase sempre se considera boa quando está do lado dos perdedores, condena mais polícias do que manifestantes.
“Há razões para descofiar que haja pessoas desaparecidas. Mas não há ainda confirmações.” http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=1940&cidade=1#33879

Génova 20 de Agosto de 2001 ... http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=1940&cidade=1#33880
(2) Bill Gates, milionário, benfeitor e anarquia do futuro
Bill Gates: herói no Vietnam, perseguido e imputado na Europa
Crimes cibernéticos, inteligência de Bill Gates estupidez de Mario Monti e da velha justiça tradicional Europeia.
Governo Electrónico: da CE a um governo mundial da ONU
Copyright, copyriot, copyleft e futuro global
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bill gates, microsoft, alternativas, direitos de autor, copyrights, justiça, capitalismo, comunismo e anarquismo
Em italiano: BILL GATES, MICROSOFT, VIRUS, WORM, GIUSTIZIA, INTELIGENZIA e ESTUPIDAGINI:
http://neo-machiavelli.ilcannocchiale.it/?id_blogdoc=172614
Giustizia: arbitro di potere di mafia, avvocati, tv e “indymedia”.http://italy.indymedia.org/news/2004/05/543099.php

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USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?