Thursday, March 22, 2007

USA e anti-americanismo em Itália
Os USA, vistos de Itália, parecem o povo mais odiado do mundo. Até num centro turístico de luxo onde um de esquerda parece mal visto e marginalizado, me confirmaram a minha suspeita: em Itália há menos jovens pró-americanos do que no Vietname. Segundo uma reportagem da RAI 25% dos jovens do Vietname são pró-americanos. Segundo um artigo publicado num dos principais semanários em Itália, 80% dos italianos são anti-americanos. Não tenho dúvida de que a percentagem entre os jovens é superior à dos adultos.
Em forma de “Carta aberta a Bush e ao povo americano” de um “advogado do diabo” vou colocar algumas opiniões mais populares em Itália, algumas ideias ou dúvidas pessoais e a possível resposta de um “advogado de Bush” convidando os leitores a tomarem partido como advogados de uma causa ou acusadores de outra:

USA, vida da morta e morte dos vivos

Meio mundo seguiu a campanha do presidente mais votado da melhor democracia do mundo para prolongar a vida de uma semiviva ou meia-morta. Milhões de pessoas vivem com menos de um dólar ao dia. Milhões de crianças morrem todos os anos por não terem um dólar ao dia para viverem. Se existisse um empenho igual em todo o mundo para salvar milhões de vivos não seria mais justo do que prolongar uma semiviva? Com tal empenho não se salvariam milhões que morrem de fome?

Advogado de Bush:
Demos 43 milhões de dólares para os pobres do Afeganistão em 2001. Pouco depois soubemos que esse dinheiro tinha sido utilizado para financiar os terroristas que nos mandaram os aviões contra o coração da nossa civilidade. Gastámos muito mais de 43 milhões para instaurar a democracia no Afeganistão e pensamos que foi melhor empregue do que os donativos anteriores.

Iraque e novo colonialismo americano

USA esteve em primeira linha contra as colonizações e agora invade o Iraque como nova forma de colonização?

Advogado de Bush:
Soubemos que Saddam queria apoderar-se do petróleo do Médio Oriente para destruir Israel e alimentar o terrorismo islâmico contra a nossa civilidade. Quando invadiu o Kuwait obrigámos a retroceder e só não completámos o trabalho de destituir um ditador e restabelecer uma democracia porque os pacifistas nos impediram. O embargo económico foi uma tentativa de impedir as ambições de Saddam de retomar o plano anterior. Mas com o patrocínio da ONU o programa “oil for food” permitiu que 23 biliões de dólares fossem desviados para alimentar terrorismo em vez de salvar 500.000 crianças. Já gastámos no Iraque 250 biliões de dólares e perdemos mais de mil soldados mas estamos a defender o sistema democrático que permitiu a nossa prosperidade e permitirá um mundo melhor.

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USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?