Sunday, February 25, 2007

Camboja, Vietname, Angola, Moçambique, Cuba, Hiroshima, comunistas e anti-americanismo da informação ocidental
Um jovem de regresso de umas férias no Camboja contou-me como reina a maior pobreza e atraso de vida do mundo como consequência de um ditador comunista que matou 3.000.000 de opositores para impor um sistema comunista de péssimas consequências. Foi a primeira vez que ouvi falar disto. Nem sequer sabia que tinha existido ali um ditador comunista que tinha matado opositores. Mas ouvi milhares de vezes que no Vietname, um país de fronteira, morreram 58.000 soldados americanos para tentarem defender uma parte da população das ditaduras comunistas. Ao menos hoje que existe Internet e que estas notícias podem correr sem fronteiras seria lógico que alguém pensasse que os 3.000.000 de mortos de uma ditadura comunista por uma causa falida foram piores das vítimas dos americanos por uma causa vitoriosa: o comunismo produziu centenas de milhões de vítimas na URSS e China para produzir a miséria que conhecemos. No Vietname foi uma guerra dos americanos em defesa de um povo invadido pelo comunismo russo e chinês. Os americanos em toda a sua história mataram muito menos para defenderem meio mundo dessa catástrofe. Mas para certa informação ocidental faz mil vezes mais notícia tudo o que seja contra os americanos do que a favor. A suspeita de ilegalidade internacional na morte de 11 civis no Iraque por parte dos americanos faz mais notícia em Itália do que uma média de uma centena de vítimas do terrorismo no Iraque. Se os opositores aos americanos violam todas as leis internacionais parece menos notícia de qualquer violação dos USA que impede violações piores.
A independência da Índia dos ingleses custou um milhão de mortos e 10 milhões de de prófugos. Depois da descolonização de Angola e Moçambique morreram 3 milhões com as guerras sucessivas. Isto para dizer que toda a mudança é acompanhada de muitas mortes que são vistas de forma diferente se são vítimas das guerras americanas ou de outros.
As 2 bombas atómicas, que puzeram fim a uma guerra contra um agressor foram mais nomeadas do que os 55 milhões de mortos da Segunda Guerra Mundial. Para a maioria da informação ocidental 2 ou 3 centenas de milhares de mortos das bombas atómicas americanas escandalizaram mais de dezenas de milhões.
O apoio a Israel desde a criação do Estado é visto como se ajudasse os maus contra os bons.
As guerras americanas fizeram muito menos mortos do que a "Grande Revolução Russa" e talvez tenha impedido meio mundo de outros 100.000.000 em cada continente. Esses números estão publicados, foram apresentados por quem estudou o assunto e só alguns contestam que só foram 70.000.000.
Estive em Hiroshima e foi precisamente lá no "Museu da paz" que aprendi que aquela cidade vivia essencialmente das fábricas militares, muitos dos mortos eram prisioneiros obrigados a trabalhar nas fábricas militares. Senti menos anti-americanismo em Hiroshima do que em Portugal. Eles próprios dizem que foram agressores, aliás os americanos só reagiram com a guerra depois da segunda agressão japonesa.
Os 100.000.000 podem ser um exagero ... Talvez tenham sido só 70.000.000 como dizem outros ... Mas não há dúvida de que são mais as vítimas do comunismo russo do que do capitalismo americano, com a grande diferença que os americanos produziram riqueza para si e para os ditos "colonizados". Se comparamos a Alemanha Ocidental, “colonizada dos americanos” com a comunista Oriental, “libertada dos russos” ou Itália com Albânia vemos a diferença.
A “colonização americana” produziu mais riqueza do que a “libertação” do comunismo como se viu claramente na ex-DDR, (Alemanha Oriental colonizada pelo comunismo russo), Camboja, África e Américas com mais influência comunista.
Certos portugueses fazem-me lembrar os talibâs que agradeceram os 43.000.000 US$ de ajudas humanitárias com ataques terroristas. Quando andava na escola primária recebia todos os dias um lanche com leite papas e queijo oferta dos USA. O maior "milionário" da minha terra era um dos mais pobres que emigrara nos USA e passara a receber reforma em dólares. Um vendedor ambulante com tecidos às costas do género dos actuais "marroquinos" em Itália foi para USA e voltou como "novo rico".
Não foi o isolamento dos USA, (talvez porque vendeu minério a Hitler), que contribuiu para que Portugal estivesse na cauda da Europa depois da Segunda Guerra Mundial até à integração na EU? Certo anti-americanismo parece-me ignorante, estúpido e irracional: "A bandeira dos Estados Unidos ... Ha situações em que é agradavel olhar para ela..." link aos mortos no Iraque: http://www.thememoryhole.org/war/coffin_photos/dover/
Como se justifica este anti-americanismo?
Estupidez ou ignorância de quem fala tanto dos mortos causados pelos americanos no Iraque e esquece mais de um milhão de mortos de Saddam?
Se Saddam continuasse morriam mais ou menos? Para o mundo e para o Iraque seria melhor se Saddam continuasse no poder? Há quem diga que canalizava 70% do petróleo para guerras, corrupção da ONU e terrorismo.
Esquecem que no Kosovo uma intervenção militar com 11.000 mortos pôs fim a uma guerra e um genocídio que já tinha causado centenas de milhares de mortos. Naturalmente seria melhor se os ditadores e terroristas fossem entregues aos tribunais sem a morte de inocentes. Mas falta saber se isso era possível de outra forma e se não seriam mais vítimas inocentes sem essas intervenções militares.
>>> Mais ideias já publicadas em estudo para posterior desenvolvimento:
Certo pacifismo deu poder aos menos pacifistas: Hitler, talibâs, Saddam, URSS quando invadiu Hungria, Checoslováquia ... http://www.pt.indymedia.org/ler.php?numero=41120&cidade=1
Como se explica este interesse em defender Saddam?
Cultura e ética indy, no-global e americana http://jiimm.bravejournal.com/entry/5554
Parece-me ridículo aparecer em Portugal um grupo a defender Saddam. Não seria mais lógico se tivesse aparecido a defender um milhão das suas vítimas?
>>> http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=40496&cidade=1&forcarcomentarios=S
Há quem acuse José Bové de principal responsável por muitos que morrem de fome...
Faz-me lembrar os que assassinaram o inventor da primeira máquina de cozer porque tirava trabalho aos alfaiates ... Os que queimaram os primeiros tractores em França ou destruíram os primeiras caminhos de ferro na Inglaterra...
Como ficará na história? Como herói ou estúpido falido por uma causa falida? E os que lhe fazem tanta propaganda?
Eu penso que há notícias dos no-global que merecem mais relevo:
Cultura e étca indy, no-global e americana: http://usa-onu.blogspot.com e http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44116&cidade=1
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=44350&cidade=1
José Bové detido por tentar destruir plantação de transgénicos
...
Eu nunca disse que todos "Os fins justificam os meios". Mas repito que alguns fins justificam alguns meios. Por outras palavras, alguns meios mesmo ilegais justificam-se por alguns fins: se com a tortura de um criminal torturador se salvassem com certeza muitos inocentes de torturas piores eu legitimaria essa tortura condicional, isto é, se o criminal se recusasse a colaborar e dizer a verdade poderia ser torturado.
http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=43885&cidade=1
...
Eu concordo a 100% com torturas condicionais quando essas torturas sejam feitas a torturadores ou criminosos e com essas torturas se possa evitar sofrimento maior de inocentes ... Como concordo com a pena de morte condicional quando a morte de um criminoso poderia salvar a vida de muitos inocentes... Mas isso é uma questão filosófica muito subjectiva que exposta num fórum corre o risco de ser mal compreendida e mal aproveitada.

Noam Chomsky, Moore, Osama Bin Ladem, torturas americanas e a popularidade do anti-americanismo
Penso que são sobretudo as pessoas menos inteligentes que se divertem mais a considerar estúpido quem é mais inteligente.
Noam Chomsky, um dos mais populares de certo anti-americanismo, reconhece que no Brasil há mais desigualdades do que nos USA mas elogia a sua democracia em detrimento da americana, porque foi eleito um presidente originário de classe pobre, ao contrário dos USA onde os dois candidatos provêm de elites económicas e políticas. (http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=41832&cidade=1 ).
Esquece que a mulher mais potente do mundo e segunda na política de Bush é negra e de origem pobre.
Recordo ler na imprensa italiana, (La Stampa), as palavras de Chomsky a lamentar-se de não terem dado a devida importância às palavras de Osama Bin Ladem. Eu tenho a impressão de que se dá demasiada importância às palavras de Osama, Chomsky e tudo o que seja anti-americano.
Ao contrário do que diz Chomsky, parece-me que o participação popular se manifesta especialmente em tudo o que seja contra Bush. Um documentário que o trata de preguiçoso, estúpido e ignorante foi o maior êxito cinematográfico de todos os tempos, (para um documentário). Não o vi mas da imprensa italiana salienta-se o facto de esse documentário provar que Bush passou 42% da Presidência de férias. Será verdade? Ou corresponde ao que as pessoas querem ouvir? Será um documentário sobre a verdade ou popular fantasia a passar por realidade?
Por outro lado, nas elites intelectuais, artísticas, criativas, em geral não se mede o tempo de trabalho mas o seu resultado. Um artista pode inspirar-se a passear num bosque, um inventor pode ser mais produtivo se interromper o trabalho e dormir, um presidente pode ser mais eficiente, pensar melhor e ser mais criativo vencendo o stress da responsabilidade com o jogo do golf. Medir o trabalho pelo número de horas num escritório de um presidente dos USA é muito populista mas pouco inteligente.
Penso que são sobretudo as pessoas menos inteligentes que se divertem mais a considerar estúpido quem é mais inteligente.
"Os EUA entraram na 2ª Guerra Mundial para converterem a Europa e o Japão de uma economia baseada no carvão para uma economia baseada em petróleo para assim terem controlo sobre estes" - Noam Chomsky "A Culpa é dos EUA" . http://portugal.indymedia.org/ler.php?numero=41832&cidade=1
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USA e ONU são dois exemplos muito diferentes de globalização. Com o contínuo desenvolvimento de Internet e novas tecnologias torna-se cada vez mais urgente um governo, justiça, ética, moral, deontologia, civilidade e boas maneiras de comportamento online e em tudo o que tem mais consequências globais, não tem fronteiras. Mas será melhor o pragmatismo de USA ou burocracias da ONU?