Wednesday, August 16, 2006

Noam Chomsky, Che Guevara e o populismo anti-americano
Penso quase sempre, quase tudo, ao contrário de Noam Chomsky:
A publicação no Brasil, em 2006, do livro O PODER AMERICANO E OS NOVOS MANDARINS, de Noam Chomsky, escrita na década de 1960, é julgada no Indymedia de Brasil: “surpreendentemente atual e ajudam-nos a compreender os conflitos atuais externos americanos sob uma perspectiva histórica... Afirma Chomsky que os intelectuais “...estão em condições de denunciar as mentiras dos governos, de analisar os atos de acordo com suas causas, seus motivos e não raro suas intenções ocultas.” E mais, que esta minoria privilegiada estaria em condições de “...buscar a verdade oculta por trás do véu de distorções e deformações, da ideologia e dos interesses de classes através do qual nos são apresentados os acontecimentos da história em curso.” ... E todos sabemos que os abusos carcerários ocorrem todos os dias nas cadeias paulistas... A propósito da guerra do Vietnam, Noam Chomsky afirma no ensaio que os “...fatos são conhecidos de quem quer que se disponha a conhecê-los. A imprensa, tanto estrangeira quanto nacional tem apresentado provas para refutar cada invenção no momento em que é divulgada, Mas o poder do aparato de propaganda do governo é tamanho que o cidadão que não empreende por conta própria uma pesquisa sobre a questão dificilmente poderá contestar pronunciamentos governamentais com fatos.” (1).
Na verdade no Indymedia faz mais notícia um prisioneiro que morre numa prisão com as suas suspeitas de negligência do que milhões de mortos no mundo em sistemas comunistas ou islâmicos. O Vietname foi uma guerra para impedir que o comunismo russo e chinês alastrasse sem oposição pelo resto do mundo. Na verdade o comunismo russo e chinês causou centenas de milhões de vítimas que fizeram menos notícia do que pouco mais de uma centena de corpos de civis massacrados filmados no Vietname e divulgados em todo o mundo.
Na verdade as “torturas” de uma única americana no Iraque que não me consta que tenham passado de humilhações sexuais fazem mais notícia do que milhões de torturados até à morte em regimes comunistas e islâmicos.
Na verdade tudo o que é anti-americano tem muita difusão: Fósforo branco, Saddam, inteligência americana e hipocrisia ou estupidez de certa informação?
“Sobre a política externa americana, o autor afirma que ninguém “... se sentiria perturbado por uma análise do comportamento político dos russos, franceses ou tanzanianos, questionando suas motivações e interpretando seus atos do ponto de vista dos interesses de longo prazo, possivelmente oculto por trás da retórica oficial. Mas a pureza das motivações americanas e o fato de que não estão sujeitas a análise constitui um artigo de fé.” O que era verdade na década de 1960 continua sendo verdade neste princípio de século XXI, em que os EUA tocam duas campanhas sangrentas no Oriente Médio (além de apoiar as recaídas do militarismo israelense, é claro) .” (1).
Na verdade basta conhecer a diferença entre BRD e DDR ou Itália e Albânia para ver a diferença de influência americana e russa. Estranho que um americano veja só os aspectos negativos anti-americanos tão populistas como Che Guevara mesmo quando se conhecem as desastrosas consequências de tais políticas.
“E a nossa guerra contra o crime, poderia ser preventiva? O que devemos fazer, matar os suspeitos antes que cometam crimes (como já andou fazendo a polícia paulista) ou recuperar à criminalidade os espaços urbanos e grupos sociais que os criminosos controlam? Quais políticas municipais, estaduais e federais podem ser desenvolvidas para recuperar as comunidades que caíram nas garras dos bandidos e que certamente gostariam de se ver livre de suas brutalidades? É evidente que Chomsky não aborda estes temas. Mas nada impede que tratemos deste assunto, pois seu texto procura infundir nos intelectuais sua responsabilidade. E mais do que ele também somos responsáveis pela situação calamitosa em que se encontram nossas cidades.” (1).
Um assassino de dezenas de pessoas condenado à morte nos USA sensibiliza mais certa opinião pública em Itália do milhares de inocentes vítimas da criminalidade. E se a matemática não é uma opinião com o que custa um prisioneiro em ociosidade numa prisão de alta segurança podiam salvar-se dezenas centenas ou milhares de inocentes que morrem de fome.“É interessante notar como já na década de 1960 o autor havia percebido que por “...mais que seja mascarada por uma retórica piedosa, a agressividade americana é uma força dominante nas relações internacionais e precisa ser analisada do ponto de vista de suas causas e motivações. Não existe um corpo teórico ou qualquer conjunto significativo de informações relevantes que, estando além do entendimento do homem comum, torne as políticas do Estado imunes a críticas. Sempre que ‘conhecimentos especializados’ forem aplicados às relações internacionais, certamente caberá - e será necessário, para qualquer pessoa de mínima integridade - questionar sua qualidade e os objetivos a que serve.” É evidente que Chomsky critica neste fragmento o chamado “discurso de autoridade”. Estamos familiarizados com ele. Todos os dias ligamos nossas TVs e vemos especialistas falando isto ou aquilo sobre economia, política externa, questões de segurança, administração da justiça, sistema carcerário, etc...” (1).
Em minha opinião os USA estão na vanguarda da responsabilidade global, certamente com interesses próprios mas com mais benefícios globais do que danos. Penso que neste momento existe uma moda de anti-americanismo populista e irracional que vê só o negativo.
“Somos mais vulneráveis do que as celebridades da TV (que moram em condomínios seguros e andam em carros à prova de balas). Você já se perguntou se algum daqueles especialistas conheceu sua periferia violenta, já entrou num presídio ou realmente estudou profundamente o abismo que existe entre o sistema carcerário concebido pelo legislador e aquele que existe na realidade? Muito embora as redes de TV não queiram nos enganar, seus especialistas nos desviam de um problema que também é nosso.” (1).
Em Itália a defesa dos criminosos parece-me muito mais popular do que a defesa das suas vítimas. Basta recordar que Bonolis, o mais popular da TV em 2005, atingiu o máximo de audiência a defender um assassino de dezenas de pessoas da pena de morte nos USA. Numa revista li a sua confissão de ter matado dezenas de inocentes e Bonolis sugeriu várias vezes a sua inocência ao longo do programa.
“Ainda sobre o papel do intelectual o autor afirma que “...nossa principal preocupação deve ser o seu papel na criação e na análise da ideologia.” Todos os dias a TV cria uma ideologia sobre a criminalidade, o PCC e as facções criminosas no Rio de Janeiro. Poucos são os jornalistas que tem se preocupado em analisar detidamente esta ideologia, mas infelizmente o grande pública não tem acesso à produção deles.” (1).
Recordo o efeito que teve em Itália a morte de algumas crianças no Rio vítimas dos esquadrões da morte que as consideravam um bando de ladrões e a informação em Itália as considerava inocentes. Um pouco mais adiante, Chomsky afiram que se “...é responsabilidade do intelectual insistir na verdade, também é seu dever enxergar os acontecimentos em sua perspectiva história.” Como tem em mira a política externa americana naquela década de 1960 continua afirmando que “...devemos portanto aplaudir a insistência do secretário de Estado na importância das analogias históricas, por exemplo, a analogia de Munique.” (1).
Quando por volta de 1970 estive pela primeira vez na Alemanha fiquei impressionado da sua riqueza em relação a Portugal apesar da destruição da guerra. Parece que os USA tiveram um papel importante na destruição para combater o nazismo e na reconstrução. E se fizerem o mesmo no Iraque e Afeganistão? Quem sabe se dentro de alguns anos O Iraque e Afeganistão não estarão melhor do Irão graças aos americanos?
“As palavras de Chomsky e as que cita soam proféticas. Os americanos estavam empurrando uma porta atrás da outra até que o atentado às Torres Gêmeas demonstrou sua fragilidade interna. Ao invés de repensar sua política externa, o governo Bush resolveu empurrar novamente as portas no Oriente Médio. Enterrou os EUA em dívidas e controla precariamente dois paises. Mas nem os fracassos no Afeganistão e no Iraque foram capazes de arranhar o ímpeto imperialista americano. Neste exato momento os americanos se preparam para uma campanha no Irã, ameaçam a Coréia e cutucam a China a propósito da ilha que os chineses querem reaver. Os ocupantes da Casa Branca parecem desejar consciente ou inconscientemente um confronto final (podem acabar engolidos pelos cogumelos nucleares) .” (1).
Isto faz-me recordar os pacifistas de Che Guevara que talvez não saibam que ele preferia uma guerra atómica aos mísseis russos fora de Cuba. Penso que se não fossem os americanos o Novo Hitler seria Saddam ou qualquer novo ditador islâmico. (1) o poder americano e os novos mandarins - Fábio de Oliveira Ribeiro
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