Wednesday, August 30, 2006
Neo-USA-islão-Huntington-Chomsky-Indymedia e futuro democrático global
Após uma leitura parcial de “La Nuova America” de Samuel Huntington tive a impressão de que as suas ideias se opunham radicalmente a Noam Chomsky e à visão dos comentários de Indymedia. Ao ler neste fórum “Huntington tinha razão?” , (1), tive a impressão de ler críticas a ideias muito diferentes das que acabara de ler no livro. Só depois reparei que aquelas críticas se referiam a ideias escritas em 1993. Uma grande diferença de um livro comprado e um fórum de amadores está na actualidade: mesmo num fórum actual raramente encontramos as últimas ideias dos livros publicados de recente. Muitas vezes tive a impressão de que no Indymedia vão buscar dados antigos reais mas fora do contexto para prejudicarem a imagem dos USA. Por exemplo parece-me que é verdade histórica que USA no final da Segunda Guerra Mundial promoveram a descolonização de África, mas nem sempre aconteceu antes e nem todos estavam com a maioria e as elites do Governo. Indymedia vai procurar informações anteriores de quando todo o Ocidente era a favor da colonização para dizer que USA é um povo colonizador.
Tenho a impressão que a visão dos USA de Huntingen é de elite científica de direita e Chomsky o populismo da esquerda. Uma das características da direita sobretudo americana é o pragmatismo e contínua evolução de adaptação. O que é politicamente correcto um dia pode deixar de o ser no dia seguinte. E isto verifica-se no pensamento actual de Huntington e da possível orientação para o futuro: deixar-se colonizar pelos invasores abrindo as suas portas ao mundo como querem os ideólogos de Indymedia, indyarabe, mexicanos e sudamericanos com o leader Chomsky, colonizar e exportar democracias mesmo com a guerra como faz em parte Bush ou fechar-se ao mundo como querem alguns reaccionários no-global.
Em minha opinião o futuro do mundo depende muito de uma inteligente diplomacia que procure as vantagens e reduza os danos colaterais de uma evolução para uma cultura de convivência global.
A evolução do mundo segundo a História em que estudei parece-me uma forma de darwinismo: as civilizações mais evoluídas militarmente eram quase sempre as mais desenvolvidas economicamente e culturalmente, ao menos do ponto de vista de eficiência. Conquistaram os menos evoluídos e da mistura resultou uma evolução geral. A queda da ditadura em Portugal com a “Revolução dos cravos” de 25 de Abril de 1974 e do comunismo da ex-URSS sem uma guerra foram inovações de evolução sem guerra. Durante todo o século passado os USA tiveram um papel predominante no mundo quer com guerras quer com a sua cultura, em especial através da Internet. Indymedia, Chomski, falidos e certas esquerdas do Ocidente uniram-se ao terrorismo islâmico contra USA o os árabes mais moderados e ocidentalizados.
Imagino que se hoje se votasse a nível mundial entre Bush e Osama Bin Laden era capaz de vencer Osama. Os árabes radicais, as esquerdas ocidentais e muitos pobres do mundo atribuem a sua pobreza à riqueza dos outros, odeiam os ricos e vencedores, em especial os USA.
As elites científicas de direita são mais eficientes mas criam riqueza mal distribuida. O populismo de esquerda cria miséria bem distribuida. As elites de direta procuram defender a sua superioridade e as multidões de esquerda a sua igual divisão. Para um futuro global democrático deve dar-se uma revolução cultural de passagem da luta de classes à colaboração de classes. Nem os USA e Europa mais ricos se podem fechar à invasão dos miseráveis pobres nem os falidos e mais pobres do Ocidente ou da esquerda operária ganham com a união ao terrorismo islâmico contra as direitas ocidentas.
Na prática há muito que fazer e muita gente sem fazer nada. A eficiência das elites e criativos de direita devem aprender com Bill Gates a investir nos mais pobres.
A democracia é o melhor governo que conheço quando há boa informação e permite ao mundo ser governado pelos melhores. Mas neste momento temos uma grande parte do mundo onde condenam à morte por opiniões contrárias, invadam o Ocidente com a sua guerra santa e terrorismo contra quem tem opiniões contrárias ou mete em ridículo as suas ridículas crenças como a de explodirem entre “infiéis” e matarem o máximo possível para terem os seus pecados perdoados. Curioso que certo Ocidente tenha um fórum como Indymedia que os defende e corta quem defende Israel ou USA dessa campanha de ódio.
Seguem ideias em estudo:
Em 2006-08-28 encontrei no Indymedia 34 notícias para Huntingen e 306 para Chomsky. Nas 34 notícias para Huntingen ou eram pequenas referências ou críticas negativas contrapondo como positiva a opinião das 306 de Chomsky. Num primeiro olhar superficial parece que Huntingen é visto neste fórum como mau e Chomsky como bom.
Para Noam Chomsky sobre seu último livro "Estados Fracasados: El Abuso de Poder y la Agresión a la Democracia" vão só elogios. Os falidos do Ocidente chamam à melhor democracia Estados Fallidos?
>>> ¿Estados Unidos o Estados Fallidos? - Noam Chomsky
Algumas opiniões contrastam radicalmente com as de Huntingen: La cruzada racista contra los musulmanes .
(1) “Tem vindo a ganhar força a ideia de que os atentados de 11 de Setembro confirmam a tese defendida desde 1993 pelo politólogo americano Samuel Huntington sobre o "choque das civilizações". Nesse contexto, penso que convém chamar a atenção para todo o alcance das ideias apresentadas por esse autor. 1. Huntington defende duas grandes teses. Em primeiro lugar, sustenta que a modernização não acarreta consigo o fim das grandes distinções culturais (civilizacionais). A cultura e a tradição não são fenómenos do passado; a secularização não é um fenómeno da modernidade, mas um particularismo da cultura ocidental. O regresso aos valores civilizacionais será até expressão do poderio crescente de países não-ocidentais na ordem internacional: no mundo islâmico, o ressurgimento religioso está associado à expansão demográfica dessas sociedades e à sua crescente urbanização, ao passo que na Ásia surge uma filosofia de "valores asiáticos" em países que conhecem grandes índices de desenvolvimento económico. Em suma, a reafirmação de valores "civilizacionais" é uma expressão de poder, e o seu abandono, no Ocidente, uma expressão de declínio. Numa segunda parte, Huntington sustenta que os alinhamentos civilizacionais se farão sentir na forma como os Estados organizarão as suas alianças no plano internacional. Na sua interpretação, a separação entre política e religião prevaleceu enquanto as sociedades ocidentais - que internamente separavam política e religião - dominaram a ordem internacional. Por via da importância da cultura na política dos Estados fora do Ocidente, as suas afinidades culturais manifestar-se-ão, de tal forma que as grandes potências do séc. XXI serão também os grandes pólos de cada civilização. As ilações que Huntington retira destas teses são claras. Se o mundo se está a organizar segundo linhas civilizacionais, o Ocidente deve adaptar-se a esta organização. Isto implica três coisas. A mais importante é esta: o Ocidente não pode ter dúvidas quanto à sua identidade civilizacional. "O choque entre os defensores do multiculturalismo e os defensores da civilização ocidental e do credo americano é o 'verdadeiro conflito' (...). O futuro dos Estados Unidos e do Ocidente depende da reafirmação dos americanos em favor da civilização ocidental. Ao nível interno, tal significa fechar os ouvidos aos cantos de sereia do multiculturalismo" (Huntington, O Choque das civilizações e a mudança na ordem mundial, p.362). Para além da sua homogeneidade, o Ocidente deve reforçar a sua coesão, o que significa que a Europa deve reconhecer que os EUA são o "Estado-núcleo" da civilização ocidental, a potência capaz de agregar os seus interesses. Por último, num mundo de civilizações, os EUA devem ter uma compreensão esclarecida da esfera que lhes cabe, devem estar militarmente preparados para a defender, mas não devem intervir na esfera "legítima" das outras civilizações. Aquilo que os muçulmanos fazem uns aos outros, ou os chineses entre si, é lá com eles. Os inimigos declarados de Huntington são dois: o universalismo - a ideia de que há valores que devem ser defendidos em todo o Planeta - e o multiculturalismo - a preservação e o fomento da diversidade interna. 2. Será que os atentados de 11 de Setembro e os acontecimentos daí decorrentes vieram confirmar as teses de Huntington? Os fundamentalistas islâmicos gostariam naturalmente que si. Também na nossa imprensa se vem, insidiosamente, instalando a convicção de que eles são os representantes "legítimos" do Islão, uma vez que o seu apoio popular é visível. Esta ideia é ainda reforçada por comentadores que teorizam a superioridade do Cristianismo em relação ao Islão, sublinhando que este nunca fez a sua "Reforma" e que, portanto, os países islâmicos desconhecem inteiramente a liberdade política. Alguns revelam genuíno entusiasmo no surgimento de um novo confronto entre o "mundo livre" e os seus inimigos, e chegam ao absurdo quando assimilam as posições do Bloco de Esquerda a uma cumplicidade com o regime taliban. Caberia notar que, muito antes de 11 de Setembro, eram já estas correntes da esquerda que denunciavam o carácter retrógrado do regime que actualmente governa o Afeganistão. Neste momento, o governo americano está expressamente empenhado em rejeitar a tese do "choque", reunindo do seu lado o maior número de países islâmicos possível. Mas é duvidoso que isto seja suficiente. Muitos destes países têm regimes internamente repressivos e corruptos, pelo que a sua aliança às potências ocidentais pode servir (como é gritantemente visível no Paquistão) para fomentar a contestação fundamentalista interna. Parece-me óbvio que o fundamentalismo não se alimenta de um crescente progresso material, como pretende Huntington, mas da bancarrota política e económica em que estes povos vivem mergulhados, em particular nos últimos vinte anos. Assim, a grande questão está em saber que projecto universalista temos para oferecer, qual o empenhamento internacional a que estamos dispostos, para garantir um mínimo de bem-estar às pessoas de todo o planeta. Isso passa naturalmente pelo fomento de movimentos democráticos internos, mas também pela constituição de uma ordem internacional que corporize valores universalistas e democráticos. Com todas as suas limitações, a ONU (e não o G8) é a instância que existe para dar corpo a uma ordem internacional mais justa; e o Tribunal Penal Internacional, a ser instituído, constituíria um passo importante para a consagração do Direito Internacional em matéria de Direitos Humanos. Mas, mais importante que tudo, seria contrariar activamente a ideologia do "apartheid" global, a situação política na qual se considera legítimo que uma pequena minoria, protegida por fronteiras, guarde ciosamente para si uma parte desproporcionada da riqueza do mundo. Este programa representa exactamente o inverso do que Huntington propõe: não devemos acantonar-nos na protecção do nosso cantinho de bem-estar e liberdade, mas pelo contrário comprometer-nos, em instituições multilaterais, com a promoção dos Direitos Humanos em todo o mundo. 3. Nada há nos acontecimentos de 11 de Setembro e na situação política que deles decorre que nos faça pensar que as previsões de Huntington são realistas. Penso, no entanto, que as capacidades preditivas de Huntington são uma questão em aberto, porque é bem possível que a razão que Huntington venha a ter não seja de forma nenhuma independente das opiniões que hoje tivermos sobre a veracidade futura delas. A terem sucesso, as ideias de Huntington constituirão um caso flagrante da profecia que se confirma a si própria. O futuro confirmará ou desmentirá as teses de Huntington muito em função das opções que hoje forem tomadas para o futuro da Humanidade. O que significa que muito depende, justamente, da forma como as gerações actuais - e em particular a liderança dos EUA - encarem o actual conflito”. >>> huntington tinha razão?
Um íman islâmico que vivia na Dinamarca mais um da Síria compilaram um documento de 40 páginas com as caricaturas publicadas e mais outras que não foram publicadas pelo jornal da Dinamarca. Entre as fotos não publicadas mas que faziam parte do documento havia duas que não podiam ser piores para ofender os crentes islâmicos: profeta com cara de porco e a ter relaxões sexuais com uma cabra.
Imagino que aquelas caricaturas não publicadas formam misturadas com as publicadas para darem a impressão de que tinham sido todas publicadas, para levantarem o ódio dos crentes islâmicos contra os “cães infiéis”, que seremos nós todos os que não acreditamos que explodindo entre infiéis somos perdoados de todos os pecados e vamos para um paraíso de 75 lindas mulheres...
Com este documento os dois fanáticos islâmicos percorreram todas as hierarquias, capelas, santuários e governos do integralíssimo islão para prepararem a ofensiva de ódio. Assim se explica que as caricaturas só tenham produzido efeito vários meses depois de publicadas. Assim se explica que talvez tenha razão o editorial italiano que diz que nem um dos que assaltaram as embaixadas viu as caricaturas publicadas. Um escritor originário da Síria que vive na Alemanha disse que no seu país não é possível a reunião de 5 pessoas com objectivos contrários ao governo que não terminem na prisão. Parece-me evidente que os assaltos às embaixadas só foram possíveis com apoio dos governos por onde passou a peregrinação do ódio. Imagino que a maioria desses governos não leram as 40 páginas do documento mas viram as caricaturas sem distinguir as publicadas das que foram acrescentadas para atiçar ódio contra “infiéis”.
Comentários a esta notícia que eu coloquei:
Por fim, não há dúvida que as manifestações de protesto não foram espontâneas. Mas daí a querer responsabuilizar governos (que já estão acossados por grupos fundamentalistas) só porque não carregaram duramente sobre a multidão ou não previram os resultados das manifestações de imediato, parece-me exagerado.
...
Gostava de saber como é que o Pires Portugal concilia a liberdade de expressão que acha que os cartoonistas têm de publicar cartoons que incitam ao ódio, com a liberdade de expressão que acha que o imã não tem de mostrar cartoons para incitar ao ódio. Não tem também o imã liberdade de expressão de mostrar a quem quiser aquele conjunto de cartoons, para lhes mostrar como os muçulmanos, como outrora os judeus, estão a ser alvo de estereótipos alimentados por cartoons de incitamento ao ódio? Tendo em conta que é esse tipo de alimento que, depois, está na origem da discriminação, da xenofobia e de actos violentos contra minorias que são vistas com a luneta do estereótipo? Fico à espera dos esclarecimentos.
...
Onde estavam e onde estão os lutadores da liberdade? A liberdade não se prende a ideologias e facções. Não é só contra os EUA e o McDonalds, a guerra do Iraque ou os Neo Nazis, mas também contra o fanatismo não só de uma mas de todas as religiões, contra esse ódio ao Ocidente que apesar dos seus defeitos ainda é onde melhor podemos viver e deu-nos uma educação que infelizmente não está ao alcance de toda a humanidade.
Para concluir,
Não é o Islamismo fundamentalista um Ultra fascismo?
Pires+Portugal+ em 13-02-2006 às 01:34:36
"Pois é, mas vive-se bem no Ocidente à custa da exploração da miséria dos não-ocidentais..."
Em Angola, Moçambique, Congo ... vivia-se melhor ou pior sem essa "exploração da miséria dos não-ocidentais"?
...
E não terão razão para odiar o ocidente? Depois de tudo aquilo que nós lhes estamos a fazer? A fazer neste momento, não é 1000 anos atrás, como dizia o outro... E não teriam razão se retaliassem? E não teriam razão se fizessem a nós pelo menos metade daquilo que nós fizemos a eles? Como é que a gente pode esquecer que neste momento somos nós os agressores e não se trata de uma agressão simbólica, tipo queimar bandeiras, apedrejar embaixadas ou boicotar os produtos, trata-se de uma agressão em larga escala, com países inteiros destruidos e dezenas (eu diria centenas) de milhares de mortos.
"Ah, mas eles são fanáticos..." Pois, quando se fala de fanáticos vai sempre parar aos árabes e muçulmanos. E as pessoas que estão à frente do maior império não são fanáticos, nem lunáticos, nem criminosos?
"Ah, mas a liberdade de expressão...". Claro, nós temos "liberdade de expressão", mas toda essa liberdade não evita que se façam campanhas de intoxicação, como aquela em que durante meses se divulgou a tanga das terríveis armas de destruição de massas iraquianas prontas a cais nas mãos dos terroristas, com o objectivo de manipular a opinião publica a favor da invasão do Iraque, tal como permite nos últimos anos criar o papão do novo perigo para o mundo que é o islão, com o objectivo de justificar as guerras e invasões contra os países árabes onde, por coincidência, se encontram as maiores reservas de petróleo. Isso nem sequer são minhas palavras, citando um espanhol (o sociólogo Manuel Castells) que dava uma entrevista no publico: "As teses de Samuel Huntington (sobre o choque de civilações) são uma simples racionalização de ideias xenófobas que não é séria, mas funciona muito bem porque apresenta-nos a "nós contra eles", que é o que o Bush tem proposto nos últimos anos. O que está e causa é a geopolitica e o controle do petróleo. No Iraque, existe uma ocupação neocolonialista. Depois, há um conflito de identidades usado para construir uma atmosfera de terror". E isto é publicado no Publico, ou seja há liberdade de expressão. Só que por cada opinião lucida tens 10 opiniões dos papagaios do costume a falar do perigo islamico, como se o maior perigo para a humanidade não fosse o império americano e como se o fanatismo islâmico não fosse alimentado deliberadamente.
Que direito temos nós de chamar terroristas aos outros, por maiores defeitos que eles tenham, quando neste momento somos nós os agressores?
E se nós temos o direito de insultar (porque se trata de insultos, já que os maiores terroristas somos nós e isso nem sequer admitimos, apesar de toda a liberdade de expressão) eles não têm o direito de se revoltar?
...
Onde estavam os defensores da liberdade quando da destruição dos Budas no Afeganistão?
E na perseguição corrente ao falun Gong na China?
E na prisão e condenação à morte de quem não concorda com Fidel Castro?
E na Fatah a Salman Rushie e afins?
E na recente proibição na China do livro "Memórias de uma gueixa"?
E no recente pedido de autorização que o Nobel Egipcio Naguid Mahfuz fez aos religiosos do seu pais desiludindo os seus colegas escritores?
E em relação à famosa liberdade feminina no Islão?
Ou só as mulheres ocidentais têm direito à autonomia?
E na perseguição aos cristãos nos paises do corno de África e mesmo na Nigéria?
E na morte do realizador holandês Van Gogh?
Ufa que já estou cansado!
Para concluir, respeito a cultura e religião que me respeite
igualmente, os cartons foram talvez ofensivos mas sabemos já que isso foi aproveitado e bem planeado por religiosos islâmicos e igualmente a extrema direita ficou a ganhar.
E já agora, os meus pais têm ao seu cuidado uma criança de origem indiana que possui uma doença rara, sem cura, e eu próprio nasci no brasil filho de mãe brasileira e pai português.
Viva a nova América latina livre das garras norte americanas.
A minha religião é o riso!
Saudações libertárias.
Pires+Portugal+ em 19-02-2006 às 02:16:09:
Como podem dizer: "Que direito temos nós de chamar terroristas aos outros, por maiores defeitos que eles tenham, quando neste momento somos nós os agressores?"
Não recordam o terrorismo a New York, Madrid, Londres?
>>>
Strip-satânico, anarquista, Hitler, Calderoli, Berlusconi e diplomacia ou hipocrisia “ocidental”
http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=71336&cidade=1
>>>Sátira satânica e peregrinação do ódio contra os “cães infiéis”.
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(Pires+Portugal+ em 2006-05-11 03:28:43)
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(Pires+Portugal+ em 2006-03-31 11:59:28)
• Democracias, ONU, opiniões populares, verdades e mentiras Eu penso que o mundo deve caminhar para um governo mundial da ONU ou de outra organização como única solução de evitar mais guerras.
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(OUTRAS PALAVRAS em 2001-09-22 00:00:00)
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(Milé Sardera em 2001-09-22 00:00:00)
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(kya em 2001-09-13 00:00:00)
• CHOMSKY: Hegemonia ou Sobrevivência Um artigo que vai ser publicado no próximo número de "A Batalha". Dada a sua enorme importância para o movimento, sujiro que o difundam o mais possível. Que o discutamos aqui e noutros locais!
(Manuel Baptista em 2001-08-09 00:00:00)
• Neo-torturas, Neo-pena de morte na fantasia de um Neo-Machiavelli Machiavelli foi um dos mais inteligentes pensadores políticos de todos os tempos. Defendeu que alguns fins justificam alguns meios. Estas ideias aplicadas por pessoas menos inteligentes e diabólicas criaram o mito do maquiavelismo diab&oacut
(Pires+Portugal+ em 2006-07-26 11:15:11)
• USA e anti-americanismo italo-português O anti-americanismo em Portugal copia muito do italiano mas manifesta-se mais radical no apoio da Palestina e Líbano contra Israel.
(Pires+Portugal+ em 2006-07-25 07:21:08)
Human Rights Watch (HRW) só faz relatórios de crimes de guerra de Israel? Não fala dos crimes de guerra e terrorismo contra Israel? Ou certos meios só falam destes? Ou sou eu que só leio a informação onde aparecem a falar dos crimes de guerra de Israel? Crimes de Guerra no Líbano- O relatório da Human Rigths Watch
Após uma leitura parcial de “La Nuova America” de Samuel Huntington tive a impressão de que as suas ideias se opunham radicalmente a Noam Chomsky e à visão dos comentários de Indymedia. Ao ler neste fórum “Huntington tinha razão?” , (1), tive a impressão de ler críticas a ideias muito diferentes das que acabara de ler no livro. Só depois reparei que aquelas críticas se referiam a ideias escritas em 1993. Uma grande diferença de um livro comprado e um fórum de amadores está na actualidade: mesmo num fórum actual raramente encontramos as últimas ideias dos livros publicados de recente. Muitas vezes tive a impressão de que no Indymedia vão buscar dados antigos reais mas fora do contexto para prejudicarem a imagem dos USA. Por exemplo parece-me que é verdade histórica que USA no final da Segunda Guerra Mundial promoveram a descolonização de África, mas nem sempre aconteceu antes e nem todos estavam com a maioria e as elites do Governo. Indymedia vai procurar informações anteriores de quando todo o Ocidente era a favor da colonização para dizer que USA é um povo colonizador.
Tenho a impressão que a visão dos USA de Huntingen é de elite científica de direita e Chomsky o populismo da esquerda. Uma das características da direita sobretudo americana é o pragmatismo e contínua evolução de adaptação. O que é politicamente correcto um dia pode deixar de o ser no dia seguinte. E isto verifica-se no pensamento actual de Huntington e da possível orientação para o futuro: deixar-se colonizar pelos invasores abrindo as suas portas ao mundo como querem os ideólogos de Indymedia, indyarabe, mexicanos e sudamericanos com o leader Chomsky, colonizar e exportar democracias mesmo com a guerra como faz em parte Bush ou fechar-se ao mundo como querem alguns reaccionários no-global.
Em minha opinião o futuro do mundo depende muito de uma inteligente diplomacia que procure as vantagens e reduza os danos colaterais de uma evolução para uma cultura de convivência global.
A evolução do mundo segundo a História em que estudei parece-me uma forma de darwinismo: as civilizações mais evoluídas militarmente eram quase sempre as mais desenvolvidas economicamente e culturalmente, ao menos do ponto de vista de eficiência. Conquistaram os menos evoluídos e da mistura resultou uma evolução geral. A queda da ditadura em Portugal com a “Revolução dos cravos” de 25 de Abril de 1974 e do comunismo da ex-URSS sem uma guerra foram inovações de evolução sem guerra. Durante todo o século passado os USA tiveram um papel predominante no mundo quer com guerras quer com a sua cultura, em especial através da Internet. Indymedia, Chomski, falidos e certas esquerdas do Ocidente uniram-se ao terrorismo islâmico contra USA o os árabes mais moderados e ocidentalizados.
Imagino que se hoje se votasse a nível mundial entre Bush e Osama Bin Laden era capaz de vencer Osama. Os árabes radicais, as esquerdas ocidentais e muitos pobres do mundo atribuem a sua pobreza à riqueza dos outros, odeiam os ricos e vencedores, em especial os USA.
As elites científicas de direita são mais eficientes mas criam riqueza mal distribuida. O populismo de esquerda cria miséria bem distribuida. As elites de direta procuram defender a sua superioridade e as multidões de esquerda a sua igual divisão. Para um futuro global democrático deve dar-se uma revolução cultural de passagem da luta de classes à colaboração de classes. Nem os USA e Europa mais ricos se podem fechar à invasão dos miseráveis pobres nem os falidos e mais pobres do Ocidente ou da esquerda operária ganham com a união ao terrorismo islâmico contra as direitas ocidentas.
Na prática há muito que fazer e muita gente sem fazer nada. A eficiência das elites e criativos de direita devem aprender com Bill Gates a investir nos mais pobres.
A democracia é o melhor governo que conheço quando há boa informação e permite ao mundo ser governado pelos melhores. Mas neste momento temos uma grande parte do mundo onde condenam à morte por opiniões contrárias, invadam o Ocidente com a sua guerra santa e terrorismo contra quem tem opiniões contrárias ou mete em ridículo as suas ridículas crenças como a de explodirem entre “infiéis” e matarem o máximo possível para terem os seus pecados perdoados. Curioso que certo Ocidente tenha um fórum como Indymedia que os defende e corta quem defende Israel ou USA dessa campanha de ódio.
Seguem ideias em estudo:
Em 2006-08-28 encontrei no Indymedia 34 notícias para Huntingen e 306 para Chomsky. Nas 34 notícias para Huntingen ou eram pequenas referências ou críticas negativas contrapondo como positiva a opinião das 306 de Chomsky. Num primeiro olhar superficial parece que Huntingen é visto neste fórum como mau e Chomsky como bom.
Para Noam Chomsky sobre seu último livro "Estados Fracasados: El Abuso de Poder y la Agresión a la Democracia" vão só elogios. Os falidos do Ocidente chamam à melhor democracia Estados Fallidos?
>>> ¿Estados Unidos o Estados Fallidos? - Noam Chomsky
Algumas opiniões contrastam radicalmente com as de Huntingen: La cruzada racista contra los musulmanes .
(1) “Tem vindo a ganhar força a ideia de que os atentados de 11 de Setembro confirmam a tese defendida desde 1993 pelo politólogo americano Samuel Huntington sobre o "choque das civilizações". Nesse contexto, penso que convém chamar a atenção para todo o alcance das ideias apresentadas por esse autor. 1. Huntington defende duas grandes teses. Em primeiro lugar, sustenta que a modernização não acarreta consigo o fim das grandes distinções culturais (civilizacionais). A cultura e a tradição não são fenómenos do passado; a secularização não é um fenómeno da modernidade, mas um particularismo da cultura ocidental. O regresso aos valores civilizacionais será até expressão do poderio crescente de países não-ocidentais na ordem internacional: no mundo islâmico, o ressurgimento religioso está associado à expansão demográfica dessas sociedades e à sua crescente urbanização, ao passo que na Ásia surge uma filosofia de "valores asiáticos" em países que conhecem grandes índices de desenvolvimento económico. Em suma, a reafirmação de valores "civilizacionais" é uma expressão de poder, e o seu abandono, no Ocidente, uma expressão de declínio. Numa segunda parte, Huntington sustenta que os alinhamentos civilizacionais se farão sentir na forma como os Estados organizarão as suas alianças no plano internacional. Na sua interpretação, a separação entre política e religião prevaleceu enquanto as sociedades ocidentais - que internamente separavam política e religião - dominaram a ordem internacional. Por via da importância da cultura na política dos Estados fora do Ocidente, as suas afinidades culturais manifestar-se-ão, de tal forma que as grandes potências do séc. XXI serão também os grandes pólos de cada civilização. As ilações que Huntington retira destas teses são claras. Se o mundo se está a organizar segundo linhas civilizacionais, o Ocidente deve adaptar-se a esta organização. Isto implica três coisas. A mais importante é esta: o Ocidente não pode ter dúvidas quanto à sua identidade civilizacional. "O choque entre os defensores do multiculturalismo e os defensores da civilização ocidental e do credo americano é o 'verdadeiro conflito' (...). O futuro dos Estados Unidos e do Ocidente depende da reafirmação dos americanos em favor da civilização ocidental. Ao nível interno, tal significa fechar os ouvidos aos cantos de sereia do multiculturalismo" (Huntington, O Choque das civilizações e a mudança na ordem mundial, p.362). Para além da sua homogeneidade, o Ocidente deve reforçar a sua coesão, o que significa que a Europa deve reconhecer que os EUA são o "Estado-núcleo" da civilização ocidental, a potência capaz de agregar os seus interesses. Por último, num mundo de civilizações, os EUA devem ter uma compreensão esclarecida da esfera que lhes cabe, devem estar militarmente preparados para a defender, mas não devem intervir na esfera "legítima" das outras civilizações. Aquilo que os muçulmanos fazem uns aos outros, ou os chineses entre si, é lá com eles. Os inimigos declarados de Huntington são dois: o universalismo - a ideia de que há valores que devem ser defendidos em todo o Planeta - e o multiculturalismo - a preservação e o fomento da diversidade interna. 2. Será que os atentados de 11 de Setembro e os acontecimentos daí decorrentes vieram confirmar as teses de Huntington? Os fundamentalistas islâmicos gostariam naturalmente que si. Também na nossa imprensa se vem, insidiosamente, instalando a convicção de que eles são os representantes "legítimos" do Islão, uma vez que o seu apoio popular é visível. Esta ideia é ainda reforçada por comentadores que teorizam a superioridade do Cristianismo em relação ao Islão, sublinhando que este nunca fez a sua "Reforma" e que, portanto, os países islâmicos desconhecem inteiramente a liberdade política. Alguns revelam genuíno entusiasmo no surgimento de um novo confronto entre o "mundo livre" e os seus inimigos, e chegam ao absurdo quando assimilam as posições do Bloco de Esquerda a uma cumplicidade com o regime taliban. Caberia notar que, muito antes de 11 de Setembro, eram já estas correntes da esquerda que denunciavam o carácter retrógrado do regime que actualmente governa o Afeganistão. Neste momento, o governo americano está expressamente empenhado em rejeitar a tese do "choque", reunindo do seu lado o maior número de países islâmicos possível. Mas é duvidoso que isto seja suficiente. Muitos destes países têm regimes internamente repressivos e corruptos, pelo que a sua aliança às potências ocidentais pode servir (como é gritantemente visível no Paquistão) para fomentar a contestação fundamentalista interna. Parece-me óbvio que o fundamentalismo não se alimenta de um crescente progresso material, como pretende Huntington, mas da bancarrota política e económica em que estes povos vivem mergulhados, em particular nos últimos vinte anos. Assim, a grande questão está em saber que projecto universalista temos para oferecer, qual o empenhamento internacional a que estamos dispostos, para garantir um mínimo de bem-estar às pessoas de todo o planeta. Isso passa naturalmente pelo fomento de movimentos democráticos internos, mas também pela constituição de uma ordem internacional que corporize valores universalistas e democráticos. Com todas as suas limitações, a ONU (e não o G8) é a instância que existe para dar corpo a uma ordem internacional mais justa; e o Tribunal Penal Internacional, a ser instituído, constituíria um passo importante para a consagração do Direito Internacional em matéria de Direitos Humanos. Mas, mais importante que tudo, seria contrariar activamente a ideologia do "apartheid" global, a situação política na qual se considera legítimo que uma pequena minoria, protegida por fronteiras, guarde ciosamente para si uma parte desproporcionada da riqueza do mundo. Este programa representa exactamente o inverso do que Huntington propõe: não devemos acantonar-nos na protecção do nosso cantinho de bem-estar e liberdade, mas pelo contrário comprometer-nos, em instituições multilaterais, com a promoção dos Direitos Humanos em todo o mundo. 3. Nada há nos acontecimentos de 11 de Setembro e na situação política que deles decorre que nos faça pensar que as previsões de Huntington são realistas. Penso, no entanto, que as capacidades preditivas de Huntington são uma questão em aberto, porque é bem possível que a razão que Huntington venha a ter não seja de forma nenhuma independente das opiniões que hoje tivermos sobre a veracidade futura delas. A terem sucesso, as ideias de Huntington constituirão um caso flagrante da profecia que se confirma a si própria. O futuro confirmará ou desmentirá as teses de Huntington muito em função das opções que hoje forem tomadas para o futuro da Humanidade. O que significa que muito depende, justamente, da forma como as gerações actuais - e em particular a liderança dos EUA - encarem o actual conflito”. >>> huntington tinha razão?
Um íman islâmico que vivia na Dinamarca mais um da Síria compilaram um documento de 40 páginas com as caricaturas publicadas e mais outras que não foram publicadas pelo jornal da Dinamarca. Entre as fotos não publicadas mas que faziam parte do documento havia duas que não podiam ser piores para ofender os crentes islâmicos: profeta com cara de porco e a ter relaxões sexuais com uma cabra.
Imagino que aquelas caricaturas não publicadas formam misturadas com as publicadas para darem a impressão de que tinham sido todas publicadas, para levantarem o ódio dos crentes islâmicos contra os “cães infiéis”, que seremos nós todos os que não acreditamos que explodindo entre infiéis somos perdoados de todos os pecados e vamos para um paraíso de 75 lindas mulheres...
Com este documento os dois fanáticos islâmicos percorreram todas as hierarquias, capelas, santuários e governos do integralíssimo islão para prepararem a ofensiva de ódio. Assim se explica que as caricaturas só tenham produzido efeito vários meses depois de publicadas. Assim se explica que talvez tenha razão o editorial italiano que diz que nem um dos que assaltaram as embaixadas viu as caricaturas publicadas. Um escritor originário da Síria que vive na Alemanha disse que no seu país não é possível a reunião de 5 pessoas com objectivos contrários ao governo que não terminem na prisão. Parece-me evidente que os assaltos às embaixadas só foram possíveis com apoio dos governos por onde passou a peregrinação do ódio. Imagino que a maioria desses governos não leram as 40 páginas do documento mas viram as caricaturas sem distinguir as publicadas das que foram acrescentadas para atiçar ódio contra “infiéis”.
Comentários a esta notícia que eu coloquei:
Por fim, não há dúvida que as manifestações de protesto não foram espontâneas. Mas daí a querer responsabuilizar governos (que já estão acossados por grupos fundamentalistas) só porque não carregaram duramente sobre a multidão ou não previram os resultados das manifestações de imediato, parece-me exagerado.
...
Gostava de saber como é que o Pires Portugal concilia a liberdade de expressão que acha que os cartoonistas têm de publicar cartoons que incitam ao ódio, com a liberdade de expressão que acha que o imã não tem de mostrar cartoons para incitar ao ódio. Não tem também o imã liberdade de expressão de mostrar a quem quiser aquele conjunto de cartoons, para lhes mostrar como os muçulmanos, como outrora os judeus, estão a ser alvo de estereótipos alimentados por cartoons de incitamento ao ódio? Tendo em conta que é esse tipo de alimento que, depois, está na origem da discriminação, da xenofobia e de actos violentos contra minorias que são vistas com a luneta do estereótipo? Fico à espera dos esclarecimentos.
...
Onde estavam e onde estão os lutadores da liberdade? A liberdade não se prende a ideologias e facções. Não é só contra os EUA e o McDonalds, a guerra do Iraque ou os Neo Nazis, mas também contra o fanatismo não só de uma mas de todas as religiões, contra esse ódio ao Ocidente que apesar dos seus defeitos ainda é onde melhor podemos viver e deu-nos uma educação que infelizmente não está ao alcance de toda a humanidade.
Para concluir,
Não é o Islamismo fundamentalista um Ultra fascismo?
Pires+Portugal+ em 13-02-2006 às 01:34:36
"Pois é, mas vive-se bem no Ocidente à custa da exploração da miséria dos não-ocidentais..."
Em Angola, Moçambique, Congo ... vivia-se melhor ou pior sem essa "exploração da miséria dos não-ocidentais"?
...
E não terão razão para odiar o ocidente? Depois de tudo aquilo que nós lhes estamos a fazer? A fazer neste momento, não é 1000 anos atrás, como dizia o outro... E não teriam razão se retaliassem? E não teriam razão se fizessem a nós pelo menos metade daquilo que nós fizemos a eles? Como é que a gente pode esquecer que neste momento somos nós os agressores e não se trata de uma agressão simbólica, tipo queimar bandeiras, apedrejar embaixadas ou boicotar os produtos, trata-se de uma agressão em larga escala, com países inteiros destruidos e dezenas (eu diria centenas) de milhares de mortos.
"Ah, mas eles são fanáticos..." Pois, quando se fala de fanáticos vai sempre parar aos árabes e muçulmanos. E as pessoas que estão à frente do maior império não são fanáticos, nem lunáticos, nem criminosos?
"Ah, mas a liberdade de expressão...". Claro, nós temos "liberdade de expressão", mas toda essa liberdade não evita que se façam campanhas de intoxicação, como aquela em que durante meses se divulgou a tanga das terríveis armas de destruição de massas iraquianas prontas a cais nas mãos dos terroristas, com o objectivo de manipular a opinião publica a favor da invasão do Iraque, tal como permite nos últimos anos criar o papão do novo perigo para o mundo que é o islão, com o objectivo de justificar as guerras e invasões contra os países árabes onde, por coincidência, se encontram as maiores reservas de petróleo. Isso nem sequer são minhas palavras, citando um espanhol (o sociólogo Manuel Castells) que dava uma entrevista no publico: "As teses de Samuel Huntington (sobre o choque de civilações) são uma simples racionalização de ideias xenófobas que não é séria, mas funciona muito bem porque apresenta-nos a "nós contra eles", que é o que o Bush tem proposto nos últimos anos. O que está e causa é a geopolitica e o controle do petróleo. No Iraque, existe uma ocupação neocolonialista. Depois, há um conflito de identidades usado para construir uma atmosfera de terror". E isto é publicado no Publico, ou seja há liberdade de expressão. Só que por cada opinião lucida tens 10 opiniões dos papagaios do costume a falar do perigo islamico, como se o maior perigo para a humanidade não fosse o império americano e como se o fanatismo islâmico não fosse alimentado deliberadamente.
Que direito temos nós de chamar terroristas aos outros, por maiores defeitos que eles tenham, quando neste momento somos nós os agressores?
E se nós temos o direito de insultar (porque se trata de insultos, já que os maiores terroristas somos nós e isso nem sequer admitimos, apesar de toda a liberdade de expressão) eles não têm o direito de se revoltar?
...
Onde estavam os defensores da liberdade quando da destruição dos Budas no Afeganistão?
E na perseguição corrente ao falun Gong na China?
E na prisão e condenação à morte de quem não concorda com Fidel Castro?
E na Fatah a Salman Rushie e afins?
E na recente proibição na China do livro "Memórias de uma gueixa"?
E no recente pedido de autorização que o Nobel Egipcio Naguid Mahfuz fez aos religiosos do seu pais desiludindo os seus colegas escritores?
E em relação à famosa liberdade feminina no Islão?
Ou só as mulheres ocidentais têm direito à autonomia?
E na perseguição aos cristãos nos paises do corno de África e mesmo na Nigéria?
E na morte do realizador holandês Van Gogh?
Ufa que já estou cansado!
Para concluir, respeito a cultura e religião que me respeite
igualmente, os cartons foram talvez ofensivos mas sabemos já que isso foi aproveitado e bem planeado por religiosos islâmicos e igualmente a extrema direita ficou a ganhar.
E já agora, os meus pais têm ao seu cuidado uma criança de origem indiana que possui uma doença rara, sem cura, e eu próprio nasci no brasil filho de mãe brasileira e pai português.
Viva a nova América latina livre das garras norte americanas.
A minha religião é o riso!
Saudações libertárias.
Pires+Portugal+ em 19-02-2006 às 02:16:09:
Como podem dizer: "Que direito temos nós de chamar terroristas aos outros, por maiores defeitos que eles tenham, quando neste momento somos nós os agressores?"
Não recordam o terrorismo a New York, Madrid, Londres?
>>>
Strip-satânico, anarquista, Hitler, Calderoli, Berlusconi e diplomacia ou hipocrisia “ocidental”
http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=71336&cidade=1
>>>Sátira satânica e peregrinação do ódio contra os “cães infiéis”.
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