Wednesday, November 08, 2006

Jornalismo à italiana: Fallujah, o “massacre oculto”, “verdade” de Rai e de Indymedia
Vi na Rai um professor que ensinava aos seus alunos a prioridade do jornalismo: descobrir e divulgar a “verdade”.
Recordei os 4 biliões de sitos de Internet, com uma média de 100 verdades cada um para um total de 400.000.000.000 de “verdades”. Uma TV pública, paga com o dinheiro dos contribuintes, devia dar prioridade ao serviço público, a procurar entre as 400 biliões de verdades aquelas que poderiam ter mais interesse para o bem de Itália e do mundo. Com menor custo oferecer informação e espectáculo com interesse para o povo italiano e para os contribuintes.
Um dos principais trabalhos jornalísticos de Rai no governo de Berlusconi foi o chamado “massacre oculto” de Fallujah no Iraque. Precisamente a colocar em crise o governo democraticamente eleito. A Rai não economizou meios para mostrar como sendo uma grande barbaridade da parte do governo de Bush e do seu amigo e aliado Berlusconi. Aquilo que não passou de um ataque de guerra ao principal centro do terrorismo, com aviso aos civis para abandonar os covis dos terroristas que seriam bombardeados, foi mostrado pela Rai como um acto “ilegal”, bárbaro e vergonhoso da parte de Bush e Berlusconi. Mas quando em guerra se respeitou a legalidade? Os terroristas não cometeram piores ilegalidades e barbaridades? Certos meios ilegais não se tornam morais e heróicos quando evitam piores ilegalidades?
Vi centenas de vezes as imagens das torturas americanas no Iraque. Se eu vi centenas de vezes e não vejo sempre Rai imagino que em 3 anos devem ter mostrado milhares de vezes as torturas americanas. Recordo dias de ter visto várias vezes, talvez tenham mostrado dezenas de vezes só num dia. Imagino que as torturas de Saddam e dos próprios iraquianos uns contra os outros foram milhares de vezes piores mas dessas verdades não falou. Saddam não fez pior sem um minuto de notícia? Só num dia e só uma vez escutei em toda a informação italiana que tinham sido encontrados 83 cadáveres de civis com sinais de torturas. Se Rai mostrou milhares de vezes as fotos da americana que humilhou os terroristas iraquianos imaginemos o que seria se aqueles 83 civis fossem torturados até à morte dos americanos. Parece que a “civilidade mafiosa terrorista” se escandaliza mais se uma americana humilha terroristas para convencê-los a colaborar contra o terrorismo que se os terroristas torturam até à morte 83 civis só num dia.
Em Itália, vi na Rai3, várias vezes, todos os dias, durante varias semanas, como se fosse uma revolução mundial a seu mérito, a grande reportagem do “massacre oculto” a Fallujah: cada manhã abria os noticiários com novos elementos como se contribuísse a parar a guerra do Iraque à semelhança do outro escândalo americano que contribuiu a parar a guerra do Vietname. E se o Vietname for revisto como a batalha mais inteligente e ética do século passado? E se o Vietname for visto como a derrota do pacifismo que deu o poder ao comunismo com 100 milhões de mortos na Rússia e 70 milhões na China para a miséria que hoje vemos? (>>>Vietname e o comunismo, Iraque e o terrorismo islâmico, informação, guerras, ideais, elites e povo ).
Parece que a notícia correu todo o mundo e chegou a Portugal, onde eu comentei:
"Os meios de comunicação não podiam ter feito uma cobertura mais desastrosa da história do fósforo branco.": chamaram "massacre oculto" ao que fizeram os americanos contra terroristas e deram-lhe mil vezes mais noticia do que crimes milhares de vezes piores de terroristas contra inocentes que ficaram esquecidos ...
Isto originou uma onda de comentários contra mi e em defesa dos seus caros terroristas:
“Para o Pires em 28-12-2005 às 15:25:08
Não te cansas de fazer um papel tão triste, ó Pires?
noosfera em 28-12-2005 às 16:51:20
... arrisco a suposição de que lhe paguem para nos manter distraídos, ...
pyrex em 29-12-2005 às 16:46:16
Tens toda a razão Noosfera ... permite manter a polémica ...”
Pires+Portugal+ em 30-12-2005 às 03:21:18
"suposição de que lhe paguem para nos manter distraídos..."???
Não será mais lógica a suposição de que "oil for food" e o petróleo de Saddam continua a corromper, comprar ou financiar a informação que o defende? O maior ditador, o pior tirano dos últimos tempos encontrou a melhor defesa da história da justiça e a maior defesa do mais popular fórum de Internet: milhares de advogados dos melhores do mundo foram contactados para escolherem os mais influentes. Taormina, um dos mais famosos advogados de Itália que queria ser ministro da Justiça mas viu a sua carreira política arruinada porque enquanto defendia grandes mafiosas trabalhava em part-time como secretário de Estado, foi um dos convidados. Um ex-ministro da justiça dos USA faz parte da defesa de Saddam.
O dinheiro do petróleo de Saddam que não foi encontrado continuará a corromper, comprar ou financiar a justiça e informação que o defende? "Oil for food" or for Indymedia and for defense of Saddam?
Indymedia tem 60 notícias sobre Fallujah, milhares de notícias contra as “torturas” dos americanos e ninguém deve saber dos 83 civis torturados de terroristas. Mas esta defesa de Saddam e dos terroristas islâmicos não aumenta o terrorismo e prejudica a maioria do povo do Iraque?
... “Não existem provas sólidas de que o fósforo branco tenha sido usado contra a população civil. A alegação foi feita num documentário emitido pelo cadeia italiana RAI, intitulado Fallujah: o “massacre oculto”.
Mas não deveríamos esquecer que a utilização de armas químicas foi um crime de guerra dentro de um crime de guerra dentro de um crime de guerra. Tanto a invasão do Iraque como o assalto a Fallujah foram actos ilegais de agressão. Antes de atacar a cidade, em Novembro do ano passado, os marines impediram os homens “em idade militar” de sair [7]. Muitas mulheres e crianças ficaram também: o correspondente do Observer estimou que entre 30.000 e 50.000 civis ficaram na cidade [8].”
Esta informação contrasta com outra da TV em Itália: durante uma semana antes dos bombardeamentos avisaram e pediram aos civis de abandonar a cidade.
“Os marines trataram então Fallujah como se os seus únicos habitantes fossem combatentes. Arrasaram milhares de edifícios, negaram ilegalmente o acesso ao Crescente Vermelho Iraquiano, e, segundo o relator especial da ONU, usaram «a fome e a privação de água como armas de guerra contra a população civil» [9].
http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=68984&cidade=1&forcarcomentarios=S#69074
Rai fez serviço público ou serviço eleitoral? Berlusconi acusou Rai de ser 85% contra o seu governo. Não sei se a percentagem é exacta mas não tenho a mínima dúvida que a informação de Rai durante o governo de Berlusconi e mesmo depois foi de mais de 50% a dizer o pior possível de Berlusconi e o melhor possível de Prodi. Não tenho a mínima duvida de que a Rai foi preponderante na queda do governo de Berlusconi. Serviço público ou de Prodi e anti-americano? Melhor uma Itália mais semelhante a Albânia ou aos USA? Melhor a riqueza de Berlusconi e do capitalismo mal distribuída ou a miséria do comunismo bem distribuída? Creio que o melhor governo resulta de políticos democráticos eleitos por um povo bem informado. Será justo que a TV pública seja contra Berlusconi para contrabalançar a informação das suas televisões? Ou Rai é mais deformada anti-Berlusconi que Mediaset anti-Prodi?
Em minha opinião a Rai usa dinheiro público para fazer a sua política anti-Berlusconi e Mediaset obedece às leis do mercado sendo muitas vezes contra o patrão porque é popular ser contra o poder e ainda mais contra o patrão. Os mais populares de Mediaset, (Maurizio Costanzo, Antonio Ricchi, Mentana, Bruno Vespa), ou são de esquerda, ou declaradamente anti-Berlusconi ou são profissionais de grande imparcialidade reconhecida mesmo da esquerda). Emilio Fede é o mais pró-Berlusconi e anti-Prodi mas a sua voz é compensada com outros como Gad Lehner em La7 pró-Prodi e anti-Berlusconi. Em minha opinião estas personagens de partido reconhecido em televisões privadas não são perigosas para a democracia como uma TV que tem meios económicos dos contribuintes e não responde pelos gastos partidários. É muito diferente o caso de Santoro, um grande comunicador e fanático anti-Berlusconi, uma espécie de missionário pela sua política e de Prodi numa TV pública, primeiro contra o governo de Berlusconi que não era o seu e depois a favor do seu governo e contra a oposição, com informação orientada sem contraditório como acontecia no comunismo e certa informação islâmica.
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